quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Auto-Sugestão





"O método pelo qual o desejo de riquezas pode ser transformado em seu equivalente financeiro fundamenta-se em seis práticos e definidos passos:

Primeiro - Fixe em sua mente a quantia exata que você deseja. Não basta dizer apenas: "Eu quero muito dinheiro". Determine qual o montante.
(Existe uma razão psicológica para essa determinação, que será descrita em um dos próximos capítulos).

Segundo - Declare exatamente o que pretende dar em troca do dinheiro que receber. (Nada vem de graça).

Terceiro - Estabeleça uma data definida na qual pretende possuir a importância desejada.

Quarto - Elabore um plano detalhado para a realização do seu desejo e comece imediatamente, quer se considere ou não em condições de colocá-lo em ação.

Quinto - Redija um documento declarando precisa e claramente a quantia que quer conseguir, determinando o prazo limite, especificando o que pretende dar em troca e descrevendo em detalhes o plano a ser posto em prática para juntar o dinheiro.

Sexto - Leia a declaração escrita em voz alta, duas vezes por dia: uma antes de deitar-se à noite e outra assim que levantar-se pela manhã. Enquanto lê, acredite que já tem o dinheiro em seu poder. Veja e sinta a cena.

Você recebeu a instrução de ler em voz alta, duas vezes por dia, diariamente, a descrição feita por escrito do seu desejo por dinheiro, vendo-se e sentindo-se já em posse do dinheiro. Ao seguir essas instruções você comunica o  objeto do seu desejo diretamente ao subconsciente, em um espírito de fé absoluta. Com a repetição desse procedimento, criam-se voluntariamente hábitos de pensamento favoráveis aos seus esforços de transformar o desejo em seu equivalente monetário."

Napoleon Hill - Quem Pensa Enriquece

domingo, 15 de novembro de 2015

Mente Zen


 
"Dar um pasto amplo a sua ovelha e sua vaca é a maneira de controlá-las."
Shunryu Suzuki 


Sabemos que o organismo possui a capacidade de se auto-regular.

Se você começa a correr, o corpo aumenta o ritmo cardíaco, acelera a respiração, mais sangue é bombeado para os músculos e assim a fisiologia muda para se adaptar à corrida.

Se você ingere comida estragada, o corpo sabe se auto-regular expulsando o alimento prejudicial através do vômito.

E o mesmo acontece se você sente sede... quando o corpo necessita de água, os lábios secam, a garganta fica sedenta e assim você é avisado que a água é necessária para restabelecer o equilíbrio do corpo.

A capacidade do organismo de se auto-regular não ocorre apenas de forma física, mas também de forma psicológica.

Como dizia o Mestre Zen Shunryu Suzuki, possuímos uma mente pequena e uma mente grande... ou em outras palavras... uma mente superficial e uma mente profunda.

O que acontece é que vivemos imersos em nossa mente pequena, em nossa mente superficial. Diariamente, milhares de pensamentos vem e vão. Memórias, fantasias, projeções, desejos, planejamentos... passado e futuro se misturam e perdemos o que acontece no momento presente. E quando nos propomos a meditar, a confusão que existe na mente superficial é tudo o que conseguimos encontrar.

Muitas pessoas confundem meditação com concentração. Acreditam que o propósito da prática meditativa seja forçar a concentração num ponto e esquecer toda a onda de pensamentos existentes na mente superficial. Sentem-se sobrecarregadas com a enorme quantidade de pensamentos desconexos que surgem em suas mentes, o caos reina de forma soberana... Como colocar ordem na mente? Como silenciá-la?

Ao mesmo tempo em que essas questões são simples, são também muito complexas.

A verdade é que existe um processo de auto-regulação na mente que precisa ser descoberto. Quando você meditar sem se concentrar, quando apenas observar seus pensamentos sem julgá-los, quando puder simplesmente aceitar o que quer que surja em sua mente... poderá se distanciar da mente superficial e começar a descobrir e se identificar com a mente profunda.

Sem dúvida, é a mente profunda que tem a capacidade de auto-regulação. É a fonte do silêncio e da paz interior, é onde não existem pensamentos e nem preocupações, é o ponto de equilíbrio interno e a verdadeira base de um sólido inner game.

A mente profunda é a sua verdadeira natureza. Uma vez descoberta, não pode mais ser esquecida. Quem se esqueceria de um tesouro logo após tê-lo descoberto? Aquilo que é valioso não é passível de ser deixado para trás.

Essa é a verdadeira prática meditativa: a descoberta da mente grande, da mente profunda, da não-mente. Quando você de fato aprende a reconhecê-la, percebe que a mente superficial é apenas uma extensão da mente profunda. Assim como o vento balança as folhas de uma árvore, estímulos externos criam ondas na mente superficial. Mas assim como a raiz da árvore está fortemente estabelecida e equilibrada em seu próprio centro, a mente profunda não se abala com estímulos externos. Essa é a totalidade que precisa ser captada, a integração que precisa ser apreendida - ambas as mentes são uma só mente, o observador é o observado e ainda que exista dança e movimento na superfície, a profundidade permanece intocada...

Osho - Não Tente Mudar





"Tente entender isto. Você está tenso, você está infeliz, você está deprimido, com raiva, voraz, violento. Mil doenças estão presentes. Ainda assim, você pode praticar o silêncio. Estas doenças estarão dentro de você e você pode criar uma camada de silêncio. Você pode fazer meditação transcendental; você pode usar um mantra. O mantra não irá mudar sua violência, nem irá mudar sua avidez. Não irá mudar nada profundamente. O mantra pode apenas dar um efeito tranqüilizante. Apenas na periferia, você se sentirá mais silencioso. Isso é apenas um tranqüilizante, um som tranquilizador e a tranqüilização é possível através de muitos meios - muitos meios. Quando você repete um mantra continuamente, você se torna sonolento. Qualquer repetição contínua de um som cria tédio e sono. Você se sente relaxado, mas este relaxamento está apenas na superfície. Dentro, você permanece o mesmo.
 
Continue praticando um mantra todo dia e você sentirá um certo silêncio - mas não verdadeiramente, porque suas doenças não mudaram, sua estrutura de personalidade permanece a mesma. Ela está apenas disfarçada. Pare com o mantra, pare a prática e todas as suas doenças voltarão novamente.

Isto está acontecendo em todo lugar. Buscadores vão de um professor a outro. Eles prosseguem nisso, praticando, e quando eles param suas práticas, descobrem que são os mesmos; nada aconteceu. Nada acontecerá desta maneira. Estes são silêncios cultivados. Você tem que continuar cultivando-os. Naturalmente, se você continua cultivando-os, eles permanecem com você apenas como um hábito, mas se você quebra o hábito, eles desaparecem. Um silêncio real vem não por se usar uma técnica superficial, mas por você estar consciente de tudo o que você é - não somente estar consciente, mas permanecer com o fato daquilo que você é.

Permaneça com o fato. Isto é muito difícil porque a mente quer mudar. Como mudar a violência, como mudar a depressão, como mudar a infelicidade? A mente procura mudar para criar de certa maneira uma imagem melhor no futuro. Por causa disso, a pessoa continua procurando este e aquele método.

Permaneça com o fato e não tente mudá-lo. Faça isso por um ano. Fixe uma data e diga que: "A partir desta data, por um ano, eu não pensarei em termos de mudança. Eu permanecerei com tudo aquilo que eu sou; eu apenas estarei alerta e consciente". Eu não estou dizendo que você não terá que fazer nada, mas esse estado alerta é o único esforço. Você tem que estar alerta, não pensando em termos de mudança; permanecendo com tudo aquilo que você é - bom, mau, o que quer que seja. Um ano, sem nenhuma atitude de mudança, apenas estando alerta, de repente um dia você descobrirá que você não é mais o mesmo. O estado de alerta terá mudado tudo."

Osho - Sobre o Ego





"Através do ego a sociedade controla você. Você tem que se comportar de certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo. Você tem que caminhar desse jeito, você tem que rir assim, você deve seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você não sabe onde está, você não sabe quem você é.

Os outros deram-lhe a ideia. E essa ideia é o ego. Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. 
E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o Eu. Por estar viciado no falso centro, você não pode se mover, e você não pode olhar para o Eu. E lembre-se: vai haver um período intermediário, um intervalo, quando o ego estará se despedaçando, quando você não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo; quando todos os limites se dissolverão. Você estará simplesmente confuso, um caos.

Devido a esse caos, você tem medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser desperdiçadas…

Até mesmo o fato de ser infeliz lhe dá a sensação de “eu sou”. 
Afastando-se do que é conhecido, o medo toma conta; você começa sentir medo da escuridão e do caos – porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte de seu ser… É o mesmo que penetrar numa floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca – a floresta, a selva. Mas aqui dentro tudo está bem: você planejou tudo.

Foi assim que aconteceu. A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas uma pequena parte completamente, e cercou-a. Tudo está bem ali. Todas as suas universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam apenas limpar uma parte, para que ali você possa se sentir em casa.

E então você passa a sentir medo. Além da cerca existe perigo.

Além da cerca você é, tal como você é dentro da cerca – e sua mente consciente é apenas uma parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está oculto.

Precisamos ser ousados, corajosos. Precisamos dar um passo para o desconhecido.

Por um certo tempo, todos os limite ficarão perdidos. Por um certo tempo, você vai se sentir atordoado. Por um certo tempo, você vai se sentir muito amedrontado e abalado, como se tivesse havido um terremoto.

Mas se você for corajoso e não voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente, existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por muitas vidas. Esse centro é a sua alma, o Eu.

Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda, tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito pela sociedade.
 Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos, nasce uma nova ordem. Mas essa não é a ordem da sociedade – essa é a própria ordem da existência.

É o que Buda chama de Dhamma*, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiura delas, isso é tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas…

O ego tem uma certa qualidade: a de que ele está morto. Ele é de plástico. E é muito fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não precisa procurar por ele; a busca não é necessária. Por isso, a menos que você se torne um buscador à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é simplesmente mais um na multidão. Você é apenas uma turba. Se você não tem um centro autêntico, como pode ser um indivíduo?

O ego não é individual. O ego é um fenômeno social – ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade, uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda a oportunidade de encontrar o Eu.
 E por isso você é tão infeliz. Como você pode ser feliz com uma vida de plástico? Como você pode estar em êxtase ser bem-aventurado com uma vida falsa? E esse ego cria muitos tormentos. O ego é o inferno. Sempre que você estiver sofrendo, tente simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego é a causa do sofrimento. E o ego segue encontrando motivos para sofrer…

E assim as pessoas se tornam dependentes, umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela primeira vez, um mestre; ele deixa de ser um escravo.

Tente entender isso. E comece a procurar o ego – não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você. Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que o falso centro entrou em choque com alguém.

Você esperava algo e isso não aconteceu. Você espera algo e justamente o contrário aconteceu – seu ego fica estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz, tente descobrir a razão.

As causas não estão fora de você.

A causa básica está dentro de você – mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta: ‘Quem está me tornando infeliz?’ ‘Quem está causando a minha raiva?’ ‘Quem está causando a minha angústia?’

Se você olhar para fora, você não perceberá. Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego.

E se você encontrar a origem, será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe causa problemas, você vai preferir abandoná-lo – porque ninguém é capaz de carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.

Mas lembre-se, não há necessidade de abandonar o ego. Você não o pode abandonar. E se você tentar abandoná-lo, simplesmente estará conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: ‘tornei-me humilde’…

Todo o caminho em direção ao divino, ao supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem da miséria – então ela simplesmente desaparece. Quando você sabe que ele é o veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece. Quando você sabe que esse é o inferno, ele desaparece.

E então você nunca diz: ‘eu abandonei o ego’. Você simplesmente irá rir de toda essa história, dessa piada, pois você era o criador de toda essa infelicidade…

É difícil ver o próprio ego. É muito fácil ver o ego nos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode ajudar.

Tente ver o seu próprio ego. Simplesmente o observe.

Não tenha pressa em abandoná-lo, simplesmente o observe. Quanto mais você observa, mais capaz você se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu. E quando ele desaparece por si mesmo, somente então ele realmente desaparece. Porque não existe outra maneira. Você não pode abandoná-lo antes do tempo. Ele cai exatamente como uma folha seca.

Quando você tiver amadurecido através da compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo… e então o verdadeiro centro surge.

E esse centro verdadeiro é a alma, o Eu, o deus, a verdade, ou como quiser chamá-lo. Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir.”
 
Osho - Além das Fronteiras da Mente

Osho - Não Mente



"Não é possível parar o pensamento - não é que ele não pare, só não é possível fazê-lo parar. Ele pára espontaneamente. É preciso entender essa diferença; do contrário você vai ficar maluco tentando perseguir a sua mente.

A não-mente não surge quando você pára de pensar. Quando não existe mais o pensar, existe a não-mente. O próprio esforço para parar de pensar criará mais ansiedade, criará mais conflito, fará com que você fique dividido. Você viverá em constante tumulto interior. E isso não ajudará em nada.

E, mesmo que você consiga forçá-lo a parar por alguns instantes - isso não será nenhuma conquista - pois esses instantes ficarão quase mortos, não serão nada vivos. Você poderá até sentir uma certa tranquilidade... mas não silêncio. Pois a tranquilidade forçada não é silêncio. Lá no fundo, nas profundezas do inconsciente, a mente reprimida continua em atividade.

Portanto, não existe um meio de parar a mente. Mas a mente pára - isso é certo. Ela pára por livre e espontânea vontade.

Então o que fazer? A pergunta é relevante. Observe. Não tente pará-la. Não é preciso fazer nada contra a mente. Pra começar, quem iria fazer isso? Seria a mente brigando com ela mesma; você dividiria sua mente em duas: uma mente estaria tentando ser a chefe, a manda-chuva, estaria tentando matar a outra parte de si mesma -  o que é um absurdo. É um jogo idiota, pode levá-lo à loucura. Não tente deter a mente ou o pensamento - só o observe, dê vazão a ele. Deixe a mente em total liberdade. Deixe-a vagar no ritmo que quiser; não tente de forma alguma controlá-la. Seja só uma testemunha.

Ela é tão bela! A mente é um dos mecanismos mais belos que existe. A ciência ainda não foi capaz de criar nada como ela. A mente continua sendo uma obra-prima, tão complicada, com um poder tão grande, com tantas potencialidades. Observe-a! Aprecie-a!

E não a vigie como se ela fosse um inimigo, pois se você olhar a mente como um inimigo, não conseguirá observá-la. Você já será preconceituoso, já estará contra ela. Já terá decidido que existe algo de errado com a mente - já terá chegado a uma conclusão. E sempre que você olha para uma pessoa como se ela fosse sua inimiga, você não a olha profundamente, nunca a olha dentro dos olhos; você a evita.

Observar a mente significa olhar para ela com um amor profundo, com profundo respeito e reverência - ela é uma dádiva de Deus para você. Não existe nada de errado com a mente em si. Não há nada de errado com o ato de pensar. Trata-se de um lindo processo, assim como é todo processo. As nuvens cruzando o céu são lindas - por que não haver pensamentos cruzando o céu interior? As flores pendendo das árvores são lindas - por que não haver pensamentos florescendo no seu ser? o rio correndo para o mar é lindo - por que não haver essa corrente de pensamento correndo em algum lugar rumo ao desconhecido? Não é lindo? Olhe a mente com profunda reverência. Não brigue com ela; ame-a.

Observe as sutis nuances da mente, os volteios repentinos, os belos volteios. Os saltos e trancos que ela dá; os jogos que continua fazendo, os sonhos que ela navega - a imaginação, a memória,  as mil projeções que ela cria - observe! Ficando ali, afastado, um pouco distante, sem se envolver, paulatinamente você começa a sentir... Quanto mais atento você fica, mais profunda fica a sua consciência; começa a haver lacunas, intervalos. Um pensamento vai, não vem outro, e surge uma brecha. Uma nuvem passa, outra está a caminho e surge um intervalo.

Nesses intervalos, pela primeira vez você terá lampejos da não-mente. Você sentirá o gosto da não-mente - chame-o de gosto do Zen, do Tao ou da Ioga. Nesses pequenos intervalos, de repente o céu fica limpo e o sol brilha. De repente o mundo se enche de mistério, porque todas as barreiras vão abaixo; a tela nos seus olhos deixa de existir. Você vê com clareza, de modo penetrante. Toda a existência fica transparente..." 


Osho - Consciência, A Chave para Viver em Equilíbrio