quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ansiedade por Frederick Perls


Você sente a famosa AA (Ansiedade de Aproximação) antes de abordar?
Palavras do psicólogo Frederick Perls sobre a ansiedade:

"O empecilho parece ser a ansiedade. 
Sempre a ansiedade. 
Se é preciso aprender uma nova forma de comportamento, é claro que se fica ansioso, e os psiquiatras têm medo da ansiedade. 
Eles não sabem o que é ansiedade. 
A ansiedade é a excitação, é o élan vital que carregamos conosco, e que se torna estagnado se estamos incertos quanto ao papel que devemos desempenhar. 
Se não sabemos se vamos receber aplausos ou vaias, nós hesitamos; então, o coração começa a disparar, e toda a excitação não consegue fluir para a atividade, e temos "medo de palco". 
Assim, a fórmula da ansiedade é muito simples: a ansiedade é o vácuo entre o agora e o depois. 
Se você estiver no agora não pode estar ansioso, porque a excitação flui imediatamente em atividade espontânea. 
Se você estiver no agora, você será criativo, inventivo. 
Se seus sentidos estiverem preparados, e seus olhos e ouvidos abertos, como em toda criança pequena, você achará a solução". 

Minha opinião é a exata cópia da ideia de Perls:
Sentimos uma certa "energia" na hora de abordar.
Se deixarmos a energia estagnar, sentimos ansiedade.
Se deixarmos a energia fluir, entramos no agora e a energia "energiza" a atividade.
Por isso aquela Regra dos 3 Segundos da época do Mistery é muito válida.
Em vez de estagnar a energia na mente e ficar pensando no que fazer ou no que a hb vai pensar da gente...
É melhor abordar de uma vez... e a energia vai fluir pelo corpo, deixando a gente mais vivo e intenso na hora de nos comunicarmos...

 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Medo Da Paixão

 Resultado de imagem para paixão


O Falso Artista da Sedução e O Medo da Paixão

E dizia David Deida: "Viva com o coração aberto mesmo que doa!".
Mas quem entre nós tem essa coragem?
Veja esses grupos que se dizem pua´s e preste atenção nos comentários da galera...
Há algumas exceções, mas no geral, a galera é pobre em matéria de inteligência emocional...

"Não se apaixone! Mate seus sentimentos!
Seja frio e calculista! Emoção é coisa de mulher!"
É o que eles dizem...
Mas com um pouco de maturidade, é possível perceber o tipo de pessoa que se esconde por trás desse tipo de discurso:
O tipo que se apaixonou e se frustrou... e agora tem medo.
Ou o tipo que ainda nem teve a oportunidade de se frustrar, mas já está cheio de medo de que isso possa vir a acontecer...
E isso é uma pena...
Viver com base no medo não é viver de verdade.

O homem que teme a paixão limita a si mesmo.
Seu maior medo não é o de ser rejeitado.
Rejeitado ele já é... ele rejeita a si próprio, ele não se acha bom o bastante, ele não tem auto-confiança suficiente e não se acha digno e merecedor de uma bela mulher.
E se ele tentar uma relação com ela e ela o rejeitar... ela só estará confirmando todo o temor que ele esconde dentro de si mesmo.
A rejeição por parte das mulheres é só uma validação da realidade interna que já existe dentro dele.
Logo, o maior medo dele é que a mulher perceba quem ele realmente é... o estado de carência no qual ele vive constantemente.

O homem que teme a paixão tem uma grande e pesada bola de aço amarrada em seu tornozelo.
Ele não é livre, não é feliz... não tem uma vida de fato repleta de significado e de diversão.
E quando ele encontra uma bela mulher e se apaixona por ela, teme que ela o deixe e que vá embora.
E isso é totalmente compreensível.
Tanto por parte dele quanto por parte dela.
Se a vida dele é tão sem graça, é lógico que ele queira uma mulher que gere significado em sua vida e o faça esquecer do quanto ele não é feliz.
Assim como é compreensível que quando ela percebe o tipo de cara que ele é... seja lógico que ela prefira manter distância e encontrar uma companhia mais agradável...

Pare por um instante e pense consigo mesmo:
Quando você se apaixona, qual é a sua base? 
Qual é o foco que você experimenta internamente?
Você é o tipo preso pela bola de aço, que se encontra num estado carente, que deseja fortemente que ela te diga um "sim" para que então você possa finalmente se sentir feliz?
Ou você já está feliz desde o princípio e sabe que um "sim" ou um "não" vindo da parte dela não é grande coisa e qualquer que seja a resposta não vai alterar quem você é e o que você quer da vida?

Pense na sua resposta e perceba uma coisa.
Tudo isso é uma questão de Inner Game - Jogo Interior.
Você pode ser um mendigo emocional esperando que sua paixão seja correspondida ou pode ser um imperador, que já tem seu próprio império e novos territórios/metas a serem conquistados, podendo ter ou não uma pessoa ao seu lado...

O verdadeiro foco da tua vida enquanto homem nunca deveria ser uma mulher, mas sim você mesmo:
O que você quer?
O que você deseja realizar? 
Qual o legado que você sonha em deixar para trás quando finalmente chegar a hora de você partir desse mundo?
Questione-se qual o estilo de vida que você merece viver, assim como o tipo de mulher que você merece ter ao seu lado. 

Dizem que "todos os homens morrem, mas nem todos os homens vivem".
Atreva-se a viver.
Atreva-se a ser um imperador.
Não apenas em questões financeiras, mas em questões emocionais e espirituais também.
Seja repleto de experiências, viva suas paixões sem medo e cresça enquanto pessoa, cresça enquanto indivíduo.
A vida é só uma e o doce e o amargo que ela nos oferece merece ser experimentado em total plenitude...

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Meditação: O Globo de Neve

 

É comum no Taoísmo falar-se da importância da Não-Ação, assim como é comum no Zen falar-se da importância da Não-Mente.
Aparentemente, essas religiões orientais têm um foco "negativo" e precisamos entender profundamente o porquê.

Imagine o seguinte:
Você está dirigindo e o carro que estava a sua esquerda, entra na tua faixa sem dar a seta e bate a frente do teu carro.
O teu primeiro impulso é ficar puto com a situação e querer sair do carro para quebrar a cara desse filho da puta.
Mas daí você pensa:
"O que quero realmente?"
Sair do carro, quebrar a cara dele e possivelmente ser processado por agressão, tendo talvez que pagar a ele uma indenização até maior que o estrago feito no teu carro?
Ou sair do carro, ter uma conversa sensata, resolver o problema, seguir com o teu percurso e continuar com o resto da tua vida?

Espero que numa situação como essas você escolha a segunda opção, ainda que tenha total liberdade para escolher a primeira e arcar com as consequências...
Mas a moral da história é que, no mundo externo, você precisa fazer uso da MENTE e da AÇÃO, alterando o teu pensamento e comportamento de forma inteligente e, consequentemente, obtendo as respostas ou resultados que você deseja receber de determinada situação.

Agora, pegue tudo isso que falamos e esqueça completamente quando estiver se dedicando à MEDITAÇÃO.
Toda ação que você aprendeu no mundo externo é totalmente desnecessária e contra-produtiva quando você estiver interessado em adentrar no teu mundo interior.
E essa é uma das causas principais de as pessoas não se darem bem com a meditação: a tentativa de trazer os hábitos e aprendizagens do mundo exterior para o mundo interno...

Pense no seguinte:
Você ganhou um globo de neve.
Mas há tanta "neve" dentro desse globo, que quando você o agita, ela se espalha e fica totalmente impossível de se ver o que há dentro do globo.
O que você deve fazer nesse tipo de situação?
Praticar a ação, agitar o globo com toda a força que te for possível e torcer para que um dia você consiga enxergar o que há dentro dele?
Ou praticar a NÃO-AÇÃO, párar de agitar o globo e esperar que a "neve" vagarosamente perca força e comece a se acomodar no fundo do globo?

Se quiser realmente enxergar o que há dentro do globo de neve, é bastante óbvio o que se deve fazer...
Mas você entende do que estamos falando?
Percebe que quando se fala de meditação, você é o globo de neve?
Cada vez que você está sentado, tentando meditar, tentando ficar concentrado... e surge um pensamento em tua mente, que rouba a tua atenção, te faz embarcar numa mini-viagem e te faz perder a concentração... como você reage?
A maioria dos iniciantes têm uma tendência a reagir com algum grau de insatisfação ou frustração.
Você reage da mesma forma?

Esqueça isso... tanto a concentração quanto a desconcentração são desnecessárias na meditação.
E isso porque ambas são funções da mente e meditação não é uma prática para a mente, mas sim para a NÃO-MENTE, que a princípio é propositalmente párar de CRIAR ou INCENTIVAR pensamentos.
Faça um teste:
Sente-se confortavelmente, não se mexa e experimente passar 5 minutos totalmente DESCONCENTRADO.
Se você tentar, algo curioso vai acontecer: você vai acabar se concentrando em alguma coisa!

Na meditação, não importa se você está concentrado ou desconcentrado.
O que importa é que você "pratique" a não-ação e a não-mente.
Isso significa que você deve esquecer toda a atividade física e ficar imóvel, assim como esquecer toda a atividade mental e deixar de produzir pensamentos (inclusive a concepção "estou concentrado" versus "estou desconcentrado" porque isso é apenas pensamento). 

Lembre novamente do globo de neve.
O objetivo do globo não é que você o resolva como um quebra-cabeças ou altere alguma coisa dentro dele.
O globo já é perfeito: ele é exatamente como deveria ser, nenhuma mudança é necessária, a questão é se você ENXERGA o que há dentro dele ou não.

E com você, acontece algo análogo.
Sua missão na meditação não é alterar os teus pensamentos e nem estar concentrado.
Sua missão, em termos budistas, é ser um OBSERVADOR ou ser uma TESTEMUNHA de si mesmo.
É permitir que todo o movimento que existe na tua mente, todo o caos gerado pelo teu pensamento, simplesmente pare de ser produzido através da não-mente, de forma que, como a neve do globo, os teus pensamentos comecem a perder força ao ponto de serem "dissolvidos"... toda a produção interna de imagens, todo o diálogo interno, tão necessários no mundo externo, precisam cessar durante a viagem para o interior... então, aquela densidade que parecia constituir os pensamentos vai aos poucos tornando-se cada vez mais sutil e desaparecendo gradativamente... até chegar ao ponto que você possa enxergar com todo esplendor o que há de fato no teu interior...

E então?
Você está pronto?

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Homens ou Ratos?

 

Afinal, somos homens ou ratos?
Sim, estou perguntando pra você mesmo que está lendo isso agora: você é um homem ou um rato?

Antes que responda, espero que compreenda a questão.
Não com uma visão superficial dos fatos, mas sim com uma perspectiva profunda sobre o que essa questão realmente significa. 

Se ainda não entendeu do que estamos falando, vamos fazer um breve esclarecimento...

Do ponto de vista dos psicólogos behavioristas (Watson, Skinner...), agimos de forma bem parecida a que os ratos agem... nossos comportamentos são, geralmente, determinados por recompensas ou punições.
Eles experimentaram deixar um rato dentro de uma caixa sem beber água por alguns dias.
Dentro da caixa, havia uma alavanca que, quando acionada, liberava 1 gota d´água.
Com tanta sede, o rato começava a andar por todos os lados da caixa em busca de água e por acaso, acabava acionando a alavanca que lhe liberava 1 gota d´água.
A princípio, o rato não percebia a relação entre o acionamento da alavanca e a liberação d´água, mas após algumas repetições, ele acabava aprendendo que ao acionar a alavanca, a água era liberada... e assim, passava a acioná-la propositalmente sempre que tinha sede, ou seja, seu comportamento de acionar a alavanca era recompensado com a liberação d´água.

Não vamos adentrar nos detalhes do experimento, mas imagine que, agora, sempre que o rato acionasse a alavanca, ele recebesse um choque em vez de ganhar 1 gota d´água para beber... com algumas repetições, em pouco tempo ele iria aprender a relação entre acionar a alavanca e levar um choque, de forma que logo ele iria párar de acionar a alavanca, já que seu novo comportamento estaria gerando uma punição... 

Feito este importante esclarecimento, podemos voltar para o verdadeiro tema deste texto:
Você é um homem ou um rato?
Até que ponto as recompensas e punições que você recebe da vida estão determinando o teu comportamento?

Pense na seguinte situação:
Você vai para a balada, feliz da vida... observa uma linda garota e decide falar com ela.
Ela te ignora ou te rejeita... talvez ela até ria de você na frente das amigas.
Ela está tentando "punir" o teu comportamento de ter ido falar com ela.

Como você se sentiria diante disso?
A punição dela funcionaria em você, estragaria a tua noite e te impediria de falar com outras garotas, como se você fosse um rato sendo adestrado por essa pessoa?
Ou você seria de fato um homem, repleto de liberdade, que escolheria qual decisão tomar depois deste acontecimento sem ser abalado por ele e sem ser adestrado por ninguém?

Quem comanda a tua vida?
Os acontecimentos externos que fogem ao teu controle?
Ou as tuas decisões internas baseadas no teu foco e nas metas que você definiu para si mesmo?

A todo momento, você recebe estímulos do mundo, pressões por todos os lados, se depara com pessoas que parecem querer testar a tua integridade.
Você pode sucumbir diante delas, desistir dos teus sonhos, sentir o peso das punições diárias que recebe e pedir para sair do jogo da vida que tão brutalmente te derrotou...
Ou você pode verdadeiramente reivindicar a tua individualidade, exercer tua liberdade, transcender as punições e recompensas que tentaram te impor e moldar o mundo da forma que realmente deseja, fazendo dos teus mais profundos sonhos uma autêntica realidade.

A escolha é só sua e o preço a ser pago por ela só depende de você.

Ser um rato ou um homem?
Faça a sua escolha...