terça-feira, 26 de maio de 2015

Geração Virtual

Geração Virtual



O que aconteceu comigo?
Em algum momento, eu me perdi e já não consigo mais reconhecer a mim mesmo.
Olho para os outros e só consigo me enxergar pela forma como os outros me olham.
Eles se tornaram o espelho onde procuro ver quem eu sou.

Mas o que eles sabem de mim?
Nem eu sei de mim mesmo...

E isso é estranho.
Vivo me procurando no próximo livro, no próximo artigo de internet, no próximo chat com alguém que nem conheço... não é à toa que não consigo me encontrar.

E essa busca por mim mesmo é tão dolorida.
Estou tão perto e tão longe a todo momento.
Como um cão buscando a própria cauda sem conseguir alcançá-la.

O encontro de si mesmo deveria ser o mais fácil
Entretanto, tem-se tornado a busca mais difícil.

Sou da geração virtual, a geração da internet.
Já nem preciso mais pensar,
O Google oráculo pensa por mim.
Se tenho uma dúvida,
Pergunto a ele e as respostas me são dadas.

E com todo o tipo de informação que me é acessível,
Continuo vivendo num tremendo vazio interior.

O que vem de fora não pode me preencher.
Às vezes, até penso que me preencheu, mas foi ledo engano.
Pareço um saco de informações furado, que nunca pode ser totalmente preenchido.

E se esse vazio fosse minha real natureza?
Como posso saber se é ou não é? 

Vivo com medo de mergulhar nele, por isso prefiro surfar na internet.
Quando olho para a tela, o tempo voa.
1, 2, 3 horas... passa tão rapidamente.
Tenho todo o tempo do mundo...

Clico no próximo link, abro o próximo vídeo e assim o dia passa diante dos meus olhos,
por entre os meus dedos, escorrega sorrateiramente sem que eu perceba.

Não faço ideia do quanto isso pode ser prejudicial.
Posso até imaginar, tentar evitar.
Mas não funciona...

No dia seguinte, volto para o vício e esqueço de mim novamente...

Erich Fromm


Erich Fromm

 
"Vivemos num tempo sem esperança.
Angustiado, o ser humano busca em que acreditar. 
Em afluência, acerca os novos gurus. 
Por infelicidade, retraem-se as pessoas de real inteligência,
possuidoras dos extensos conhecimentos
que não negam as formas primitivas de espiritualidade."

"A crença apaixonada, fanática em ideias e lideranças
- sejam quais forem - não passa de idolatria. Esta se
origina num sem número de mitos, na atividade interior, no Ser.
O mesmo é válido no que tange ao Amor universal:
torna-se idolatria quando alguém acredita 
que outra pessoa tenha as resposta de sua vida e,
por presenteá-la com tal sabedoria, 
converte-se em seu Deus."

"O amor não-idólatra por uma ideia ou pessoa é 
suave, sem dissonâncias;
é tranquilo, profundo;
nasce a qualquer momento, mas não é embriaguez
Não constitui delírio,
tampouco conduz ao esquecimento de si mesmo;
provém, isso sim, do domínio do Ego."

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Osho - Zorba, o Buda

Osho - Zorba, o Buda

"Visualize uma vida do tipo Zorba, o grego – comidas, bebidas, divertimento, sensualidade, paixão...

Às vezes podemos pensar que este é o caminho...
Outras vezes podemos pensar que o caminho é sentar silenciosamente, atento, imóvel, como um monge.
Então, surge a dúvida: o que devemos ser – Zorbas ou monges?
Será que podemos ser ambos? Zorbas, movidos pela paixão e pelos desejos, e Budas, desapaixonados, calmos e tranqüilos?

Esta é a síntese suprema. Quando o Zorba se torna um Buda.
Zorba é lindo, mas alguma coisa está faltando. Ele é da terra, tem raízes, mas ele não tem asas. Ele não pode voar pelo céu. Ele tem raízes, mas não tem asas.
Comer, beber e se divertir, em si, é perfeitamente bom – não há nada de errado nisso.
Mas não é suficiente. 

Breve você se cansará disso. Breve o sonho se torna monotonia – porque é repetitivo. Apenas uma mente muito medíocre pode continuar indefinidamente feliz com isso.
O próprio Buda foi um Zorba.
Ele teve todas as mais lindas mulheres que havia no seu país.
Seu pai providenciou para que todas as lindas garotas estivessem à sua volta.
Ele teve os mais belos palácios – diferentes palácios para as diferentes estações.
 
Ele teve todo o luxo possível. Ele viveu a vida de Zorba, o Grego, por isso, quando tinha apenas 29 anos, ficou absolutamente frustrado.
Ele era um homem muito inteligente. Se tivesse sido um homem medíocre, ele teria continuado a viver assim.
 
A experiência da vida é muito amarga. Ela é doce apenas na imaginação.
Ele fugiu do palácio, das mulheres, da riqueza, do luxo, de tudo mais...
Assim, não devemos ser contra Zorba, o Grego, porque Zorba, o Grego é a própria origem de Zorba, o Buda.
 
Buda surge a partir dessa experiência.
Assim seja totalmente a favor deste mundo, pois o outro mundo só pode ser experimentado através deste mundo.
Não fuja do mundo, não torne-se um monge.
Viva neste mundo, porque este mundo proporciona um certo amadurecimento, uma certa maturidade, integridade.
 
Os desafios deste mundo lhe dão centramento, consciência.
Então, você pode mover-se de Zorba para Buda.
Apenas os Zorbas se tornam Budas – e Buda jamais foi um monge.
Um monge é aquele que nunca foi Zorba e ficou encantado com as palavras dos Budas.
 
Quando um monge se afasta do mundo, ele vai lutando com o mundo.
Ele não parte relaxado. Todo seu ser é atraído pelo mundo. Ele se torna dividido.
Metade do seu ser é por este mundo e a outra metade se tornou ávida pelo outro.
Um monge é basicamente uma pessoa dividida entre o mais baixo e o mais alto.
Mas lembre-se que você só pode alcançar o mais alto apenas quando viveu inteiramente o mais baixo – somente passando por toda agonia e todo êxtase do mais baixo.
 
Antes de uma flor de Lótus se transformar numa flor de Lótus, ela tem que se mover através da lama – essa lama é o mundo.
O monge fugiu da lama, talvez por causa do ego. Mas se ele quiser florescer como flor de lótus, ele terá que cair na lama – ele terá que viver essa contradição. Sem a contradição de viver na lama, não há como ir além.
Não anseie pelo outro mundo. Viva este mundo e viva-o com intensidade, com paixão.
 
Viva com totalidade, com todo o seu ser.
E a partir dessa total confiança, a partir dessa vida de paixão, amor e alegria, você se tornará capaz de ir além.
O outro mundo está oculto neste mundo.
 
O Buda está adormecido no Zorba. Precisa ser despertado. E ninguém pode despertar você, a não ser a própria vida.
Seja total onde quer que você esteja – viva essa condição totalmente.
 
E somente ao viver uma coisa totalmente você pode transcendê-la.
Primeiro torne-se um Zorba, uma flor desta terra, ganhando através disso a capacidade de se tornar um Buda – a flor do outro mundo.
 
O outro mundo não está distante deste mundo; o outro mundo não é contra este mundo. O outro mundo está oculto neste.
Este é apenas uma manifestação do outro, e o outro é a parte não-manifesta deste."

Rapport Mental



Caçadores de Mentes

(Os comentários abaixo são referentes à cena entre 9:46 - 11:15)

Eis uma cena interessante do filme Caçadores de Mentes.
Um grupo de amigos detetives com alto conhecimento em psicologia, divertindo-se num bar, brincando de rapport mental.

E como construir rapport mental?
Primeiramente, precisamos aprender a construir o rapport tradicional da PNL.

Segundo Joseph O´Connor, o rapport pode ser construído:
Tendo interesse genuíno em outra pessoa;
Sendo curioso quanto a quem é e como pensa;
Estando disposto a ver o mundo a partir do ponto de vista da outra pessoa.

Portanto, o primeiro passo para ser capaz de aprender o rapport mental é ser capaz de cumprir com essas pequenas regras de rapport do O´Connor.
Considerando que você já esteja nesse nível, vamos para o rapport mental.

O segundo passo e um pouco mais avançado do que o primeiro é TORNAR-SE A OUTRA PESSOA.
(Se você ainda não viu, recomendo que veja o post "Gestalt-Terapia Explicada II - O Sonho de Madeline" para entender melhor o rapport mental.)

Na cena de Caçadores de Mentes, o personagem observa uma loira à distância e começa literalmente a torna-se ela:

"Eu sou uma jovem recém saída da faculdade e como vocês podem ver eu tenho um livro aqui na minha bolsa. Meus pais são muito ricos como podem ver... e aquele "j"... onde ele está? ah, está aqui no meu chaveiro... significa que me chamo Jill ou Jenifer. Aqueles são os nomes com "j" mais escolhidos no ano de 1981. Eu gosto de sair com minhas amigas e me divertir, mas na verdade eu sou uma mulher madura, procurando um homem maduro também..."
 
Notem que, assim como Madeline usava termos no presente para tornar-se os objetos de seu sonho, o personagem desta cena do filme usa termos no presente para tornar-se a outra pessoa: "eu sou uma jovem", "eu tenho um livro", "eu gosto de sair", "eu sou uma mulher madura"...

O uso do presente, do aqui-agora, facilita que o personagem de fato se identifique com quem ele está observando;

Uma outra característica que pode incrementar o rapport mental é o uso de leitura fria e deduções sobre a outra pessoa. Na cena, podemos perceber esses casos: "eu tenho um livro aqui na minha bolsa" (deduz-se que acabou  de sair da faculdade), "meus pais são muito ricos" (está bem vestida e com muitos acessórios") 1981 (deduzindo a idade dela)...

Existem formas um pouco mais profundas de se criar o rapport mental, mas por hora, deixo essas 3 regras iniciais:
- aprender o rapport tradicional;
- uso de verbos no presente para gerar identificação;
- leitura fria e deduções do que é observado.

Rapport, identificação e deduções somadas à habilidade de representação monodramática geram resultados bem interessantes...

Gestalt-Terapia Explicada II


O Sonho de Madeline

(Os comentários abaixo visam explicar a segunda parte do vídeo acima: O Sonho de Madeline, a partir de 24:40)

Pela perspectiva gestáltica, existem 3 níveis de experiência: imaginar, representar e fazer.
A PNL, muitas vezes, trabalha com o imaginar, o fantasiar, o uso da mente através da criação de cenas internas utilizando os sistemas representacionais.
Já a Gestalt, visa trabalhar com o representar em si, o atuar de forma psicodramática.

E o que seria a atuação de forma psicodramática?
Primeiramente, é necessário considerar que Frederick Pels, "descobridor" da Gestalt-Terapia, herdou técnicas de outra teoria de psicologia chamada PSICODRAMA, criada por Jacob Levy Moreno.
Explicando de forma rápida e simplista, a principal técnica de Moreno era o uso da representação teatral para que o seu paciente tomasse consciência de si e das outras pessoas envolvidas numa situação problemática.

Por exemplo: Oliver tem um problema com seu chefe.
Na representação psicodramática, Oliver precisaria reviver o conflito com seu chefe, aqui-agora, no presente e interpretar tanto a si mesmo quanto a seu chefe dentro da situação onde eles têm um determinado conflito. Essa representação onde o indivíduo deve atuar sozinho, interpretando tanto a si mesmo quanto a outros "personagens" da cena é chamada de MONODRAMA.

Voltando para a Gestalt-Terapia...
No vídeo acima, é possível assistir como seria esse tal monodrama na prática.
Na verdade, a gestalt não é nem uma representação nem uma prática verbal, mas sim uma abordagem experiencial.
Madeline estará trabalhando um sonho de forma monodramática. 

O que ela fala sobre o sonho não é uma recordação do passado existente apenas em sua memória.
O que ela fala é uma "re-experiência" de  seu sonho de situações inacabadas no presente, no aqui-agora.
Notem que no sonho de Madeline, ela é a única pessoa do sonho. Todos os outros personagens não são pessoas, mas sim objetos e mesmo objetos podem ser usados como personagens dentro do monodrama gestáltico.

Desta forma, ela revive o sonho, primeiramente, a partir de sua perspectiva e depois pela perspectiva de outros personagens como a água ou a estátua. O objetivo dessa prática, diferentemente da psicanálise não é descobrir o porquê do sonho, o que ele significa ou o porquê dele ter se manifestado.
O objetivo da gestalt é reviver cada elemento presente no sonho para que possam ser integrados de forma "não-verbal" e a gestalt possa ser fechada.

Observem também que ela chora bastante durante essa re-experiência.
Como tratava-se de um sonho de quando ela era criança e carregado de forte conteúdo emocional, toda a emoção que antes era inconsciente, que antes compunha o fundo da experiência, agora é trazida para a superfície, experimentada de forma consciente, em forma de figura.
O choro possui uma função catártica, como um elemento de "limpeza" e libertação de algo que antes funcionava como um vazio não experimentado.

Quando todos os elementos e "personagens" importantes da cena são revividos e experimentados, a sensação que fica, como já mencionado, é a de integração... de que aqui-agora aquele sonho que antes incomodava como uma gestalt aberta, finalmente, está como deveria, está como uma gestalt fechada, que já não incomoda e traz uma forte sentimento de bem-estar...


domingo, 24 de maio de 2015

O Mestre dos 4 Elementos




O Mestre dos 4 Elementos

O Mestre dos 4 elementos (M4E) precisará ser auto-gerado.
Precisará criar a si mesmo desenvolvendo-se em todas as áreas vitais.

O M4E deverá ter domínio da terra, o corpo físico.
Seja trabalhando duro nas artes marciais, seja desenvolvendo sua habilidade em práticas esportivas - uma vida sedentária diminui a energia vital do indivíduo, fazendo como que ele encontre-se enfraquecido quando diante de situações estressantes sem ter forças suficientes para lidar com elas.
Não será muito gordo e nem muito magro. Saberá trabalhar o seu corpo tanto para gerar saúde quanto para melhorar a estética, afinal, seu corpo também é seu templo sagrado

O M4E deverá ter domínio sobre o fogo, a sexualidade.
Deverá ter controle sobre o seu instinto, não ser promíscuo, mas saber selecionar suas parceiras para que sejam de qualidade quase igual, igual ou superior a dele. Aqui, aplica-se muito bem o adágio "diga-me com quem andas e te direi quem és".

O M4E deverá ter domínio sobre a água, as emoções.
Precisará aprender a transcender suas emoções mais baixas e ser capaz de experimentar o auge do amor.
Não estamos falando dos "finais felizes" vistos nas novelas de baixa categoria, mas sim de amor pela humanidade, amor pela natureza, gratidão pela existência e todos as mais sublimes emoções que só alguém psicologicamente evoluído poderia experimentar.

O M4E deverá ter domínio sobre o ar, a mente. 
Saberá meditar, lidar com os seus pensamentos, desfrutar dos mesmos e não se sentir entediado ou intimidado por eles.
Será capaz de desfrutar do presente, de levar uma vida descontraída, alegre e divertida, não por ter dominado o mundo, ter muito dinheiro ou por ser famoso ou uma celebridade... mas sim porque a alegria faz parte do próprio existir.

Vivemos num mundo onde a violência predomina, onde a corrupção reina soberana, onde a vida parece girar em torno do montante de dinheiro acumulado na conta bancária.
Mas ainda que tais elementos existam no mundo externo, não existem no mundo interno do M4E.

Ele saberá viver em paz onde há discórdia, saberá existir com gratidão onde a insatisfação, saberá sentir o amor onde as pessoas sentem dor, não por ser apático ao sofrimento alheio, mas sim por saber que a paz, a gratidão e o amor começam nele e se o mundo não é o ideal que ele deseja, que ao menos sirva como uma tela em branco onde ele pode espalhar sua aquarela de tranquilidade e diversão para fazer do mundo sua obra de arte.

Tyler = Curinga?


 
Chove muito, temperatura agradável... começo a pensa em Tyler e Curinga.



 
Recentemente, surgiu-me essa ideia: talvez eles possam ser a mesma pessoa.
Obviamente, não estou falando sério... mas talvez e apenas talvez, essa possibilidade poderia ser real em algum outro multiverso, afinal é inegável que esse dois grandes personagens compartilham de elementos bastante comuns.

O primeiro ponto em comum é: 
Ambos são extremamente cativantes na categoria "almas perturbadas".
Quero dizer com isso que, quem quer que tenha visto ambos os personagens em ação pode perceber que não são "normais". São personagens incomuns, imprevisíveis, visionários e maleficamente independentes.
Tyler e Curinga representam a "sombra" de cada ser humano, nosso lado mais obscuro, aquele capaz de fazer qualquer coisa para defender o que acredita sem se importar muito com as outras pessoas.

O segundo ponto em comum é:
Indiferença diante da morte alheia.
Curinga era totalmente indiferente à dor humana, enquanto Tyler, a princípio, parecia importar-se que seus planos não matassem ninguém, o que pode ser comprovado pelo fato de ele implodir prédios à noite sendo que tais prédios estivessem vazios e assim, ninguém saísse ferido. Mas aí entra o trágico acidente de Bob, o peitudo que levou um tiro na cabeça enquanto cumpria uma das missões elaboradas por Tyler... 
Tyler Durden, nas cenas seguintes, vem com o seguinte adágio: "se quiser fazer um omelete, precisa quebrar alguns ovos", demonstrando que, assim como Curinga, que foi capaz de matar sua própria "equipe" no assalto a banco no início do filme, viria a aceitar a morte humana com desdém como se a vida não valesse nada...

O terceiro ponto em comum é:
Indiferença diante da própria morte.

Quem é mais louco? Curinga ou Tyler Durden?
Fica a seu critério escolher: Curinga colocou uma arma nas mãos de Harvey-duas-caras e estava disposto a morrer se Harvey quisesse atirar, enquanto Tyler era capaz de tirar a mão do volante do carro e causar acidentes só para sentir o gosto da adrenalina e provar que nessa vida não temos controle de nada, por isso, só podemos deixar as  coisas acontecerem...

O quarto ponto em comum é: 

Ambos são anárquicos e gostam de explodir coisas.
Seja colocando bombas em navios para gerar pânico entre as pessoas ou colocar a bomba em prédios que guardam o sistema de cartões de créditos... ambos só estavam interessados em gerar o caos e "ver o circo pegar fogo", como dizia Curinga.
Gerar anarquia e deixar a humanidade livre de regras para que as pessoas pudessem ser desmascaradas, deixando a racionalidade e os bons costumes de lado parecia ser uma das utopias desses dois grandes personagens...

O quinto ponto em comum é:
Curinga e Tyler adoravam a vida de criminoso.

Tyler chega a chantagear seu chefe para que tivesse sua renda garantida eternamente no fim do mês, assim sobrando mais tempo para se dedicar ao Clube da Luta e outros projetos que evoluíam em seu nível de periculosidade.
O interessante é que ele e o Curinga são tão imprevisíveis que nenhum deles leva o dinheiro a sério: Curinga chega a queimar uma pequena pirâmide de dinheiro somente para provar que ele não possuía apego, enquanto Tyler mora num casebre caindo aos pedaços, sendo que ninguém sabe se a casa era dele ou se ele simplesmente invadiu...

O sexto ponto em comum é:
Tyler e Curinga parecem sentir prazer em sentir dor.

Seja espancado pelo Batman ou levando uma surra do dono do porão onde o Clube da Luta era realizado, tanto Curinga quanto Tyler resistiam a tremendas pancadas na cara com um grande sorriso no rosto. Este alto nível de masoquismo demonstra o quão doentios são ambos os personagens. Pessoas que sofrem de distúrbio de múltipla personalidade podem ter um alto limiar em relação ao estímulo de dor...

E pra finalizar, o oitavo dentre os vários pontos em comum desses personagens é certamente a má relação familiar, principalmente em relação ao pai.
Sabemos que Curinga teve o rosto cortado em formato de sorriso pelo seu próprio pai.
Apesar de o filme não entrar em detalhes, Tyler chega a comentar que gostaria de enfrentar o próprio pai dentro do Clube da Luta...

E por hoje é só pessoal.
Só gostaria de ressaltar que uma última semelhança entre eles e que já mencionei superficialmente anteriormente, seria o incrível DESAPEGO que eles tem pelo mundo.
Curinga e Tyler, se tivessem desenvolvido o desapego de forma saudável, talvez pudessem ser verdadeiros Mestres Zen, entretanto, o desapego foi desenvolvido de forma doentia e altamente destrutiva... mas quem sabe?
Talvez um dia... pudessem mudar suas perspectivas e ver o mundo de uma forma diferente...










sexta-feira, 22 de maio de 2015

Gestalt -Terapia Explicada


Frederick Perls - Gestalt -Terapia Explicada


"O trabalho não se alinha com o conceito errôneo tão difundido de o médico "descobrir" o que há de errado com o paciente e "lhe dizer". 

As pessoas têm estado a "lhe dizer" a vida inteira e, na medida em que ele aceitou o que dizem, ele também tem estado a se "dizer". 

Mais ainda, mesmo que haja a autoridade do médico, isso não vai mudar nada. 

O que é essencial não é que o terapeuta aprenda algo sobre o paciente e então lhe ensine, mas que o terapeuta ensine ao paciente como aprender sobre si mesmo. 

Isso envolve o fato de ele tomar diretamente consciência de como, sendo um organismo vivo, ele funciona na verdade. 

Isso se consegue com base em experiências que são não-verbais".

A Abordagem Gestáltica



Frederick Perls - A Abordagem Gestáltica 

"O homem moderno vive num estado de baixa vitalidade. 

Embora, em geral, não sofra profundamente, pouco sabe, no entanto, da verdadeira vida criativa. 

Ao contrário, a sua vida tornou-se a de um autômato ansioso.

Seu mundo lhe oferece amplas oportunidades de enriquecimento e diversão e ele ainda vagueia sem objetivo, não sabendo o que quer e, por isso, completamente incapacitado de alcançá-lo. 

Sequer aborda a aventura de viver com excitação ou interesse. 

Parece sentir que o tempo para diversão, prazer, crescimento e aprendizagem é a infância e a juventude, e abdica da vida em si, quando atinge a "maturidade". 

Passa por muitos movimentos, mas a expressão de seu rosto indica a falta de interesse real no que está fazendo. 

Está, em geral, impassível, entediado, indiferente ou irritado. 

Parece haver perdido toda a espontaneidade, toda a capacidade de sentir e se expressar direta e criativamente. 

É muito bom falando em problemas e muito ruim lidando com eles.Reduziu a vida a uma série de exercícios verbais e intelectuais; está afogado num mar de palavras. 

Substituiu o processo de viver pelas explicações psiquiátricas e pseudopsiquiátricas da vida. 

Passa um tempo infinito tentando recapturar o passado ou moldar o futuro. 

Suas atividades no presente são meramente tarefas aborrecidas que deve tirar do caminho. 

Às vezes, nem se dá conta de suas ações no momento"


Surpresa!

19 de maio de 2015

Você é o caçador.

Avista a tua caça... parada, cerca de 20m de distância.
Espera pelo momento certo de atirar.
Ela nem imagina, ali, distante de você, que está prestes a ser abatida.
Você respira fundo, se preprara para disparar e... VOCê É ATINGIDO!

Enquanto você estava prestes a abater a caça,
Você também estava sendo caçado.
 
E quem te caçou?
A morte... que estava te observando com cuidado, só esperando o momento certo de atacar!
Trágica estória, não?
 
Mas poderia acontecer com você.
A morte não deixa recado e nem avisa quando se aproxima.
É a caçadora mais mortal, não comete erros, nenhum alvo escapa dela.
A morte chega sorrateiramente e de forma arrebatadora...
Não nos damos conta, porém estamos a mercê dela, 24 horas por dia...
A qualquer momento, podendo ser a próxima caça...
 
Já parou para pensar nisso?
Como foi o teu dia? Será que a morte estava a tua espreita?
E se estivesse? Mais uma vez pergunto: como foi o teu dia?
Se este dia fosse o último, você estaria satisfeito?
Pode dizer sinceramente que está feliz com a vida que leva?

Todos os animais selvagens vivem cada dia como se fosse o último.
Lutam intensamente, com todas as suas forças para garantir a próxima refeição,
Somente os mais fortes sobrevivem.
Mas o homem... é o animal que se ilude acreditando que viverá eternamente...

Certamente, o homem não vive para sempre, mas é o único animal que pode planejar o amanhã,
e justamente por isso, é o único animal que deixa de viver o hoje para que talvez possa viver o amanhã dos seus sonhos.
 
Muito cuidado com isso, jovens caçadores.
Planejem o próximo passo com a certeza de que o agora é o único passo realmente existente.
Se tiver que planejar o amanhã, esteja certo de que possa também viver o hoje.

"Não opte pelo convencional,
Não opte pelo socialmente aceito,
Opte por aquilo que faz o teu coração vibrar"
OSHO


Tomada de Consciência

4 de abril de 2015

Tomada de Consciência


Tive um sonho

Eu tava no banheiro de uma igreja
 
Ia mijar, estava esperando sair...

Minha mão esquerda estava na parede e comecei a "praticar a tomada de consciência"
 
Senti a parede um tanto áspera, muito real... e depois senti o vento no banheiro, me arrepiei com o frio

Não fiquei com vontade de mijar e desisti... saí do banheiro e acordei com muita vontade de dar uma mijada

Conclusão: ainda bem que não mijei no banheiro do sonho, se não, eu teria mijado na minha cama...
 Huahuahua


Flow

3 de abril de 2015


Brincando de Flow...

(Para saber que chamo de FLOW... comece a assistir o vídeo a partir de 28:30 e assim, saberá...)
Estou aqui sentado, pensando no que escrever.

Nada vem, mas continuo teclando, esperando as palavras certas se encaixarem em minha mente e então começar com um tema interessante...

Olho pro meu celular e nenhuma mensagem nova, facebook parado.

Ajeito minhas costas no sofá e minha respiração muda um pouco, se aprofunda.

Começo a lembrar da Monja Coen, graças ao Rex que me passou alguns videos dela que nem cheguei a assistir, huahuahua.

Mas acabei assistindo um video dela, no qual, ela foi entrevistada pelo Danilo Gentili.

A Monja Coen me pareceu uma careca muito feliz da vida... energia interessante, ela fala de um jeito calmo e diferente das pessoas que estou acostumado a ouvir.

O que mais lembro do vídeo?

Lembro que ela fala sobre "ouvir a música com total atenção", não necessariamente a letra, mas as notas, os nuances da melodia.

Já fiz isso antes e é realmente sensacional, perceber a música fluindo, ser meramente uma testemunha, entro em flow e sou absorvido no processo.

Sinto o vento batendo no meu peito agora, são mais de 18h e irei jantar daqui há pouco.

Vou sair? Eu gostaria, mas pra onde?

Estou cansado disso, parece que não há nada de novo na cidade, sempre os mesmos lugares, as mesmas pessoas...

Encontrar a "number 1", como costuma dizer o Sr. Lightman - parece ser cada vez mais difícil.

Não estou com pressa, mas se a encontrasse logo, também não reclamaria.

Estou satisfeito. Já escrevi o sufiente.

Isso foi apenas um Flow, um fluxo de consciência, tal como eu havia descrito ao Dr. T.

Gosto dessa técnica e percebo sua utilidade diária.

Faça bom uso dela, Doutor.


PU = Mentalidade de Adolescente

31 de março de 2015

PU = Mentalidade de Adolescente

Pergunte aos membros das comunidades PUA´s "quais são os seus objetivos?"
A maioria das respostas girarão em torno de:
- Pegar mulheres (principalmente);
- Aprender a seduzir;
- Criar um estilo de vida mais agradável;
- Desenvolver o Inner Game...

Seja lá quais forem as respostas, certamente elas envolvem... crescimento, desenvolvimento, melhoria de algo...coisas que justamente caracterizam a fase e mentalidade adolescente.

O adolescente está entre a criança e o adulto.
É a fase do crescimento, é um "vir-a-ser", uma auto-descoberta.
Não é motivo de vergonha o indivíduo perceber que ainda que fisicamente tenha 30 ou 40 anos, ainda possui uma Mentalidade de Adolescente.
 
De fato, é essencial que perceba isso. Antes tarde do que nunca...

Fico me perguntando "que porra é essa que chamam de Mestre PUA?"
Ouvi dizer que só é possível ser um "Mestre PUA" depois de 10 anos de prática;
Que Mestre Pua é aquele que aprendeu a seduzir mulheres independente de métodos;
Que Mestre PUA já desenvolveu um life-style onde não precisa correr atrás de mulheres, que dentro do próprio estilo de vida elas já aparecem e se sentem atraídas por ele...

Em outras palavras, Mestre Pua é apenas um sinônimo nerd para ADULTO.
Não o adulto físico, que atingiu determinada idade, mas sim aquele que atingiu a MENTALIDADE DE ADULTO.

Aquele que sabe se expressar, que sabe como se divertir, que sabe o que gosta e já conheceu quase todos os tipos de mulheres.
 
É aquele que já construiu um estilo de vida que lhe agrada, que já alcançou boa parte dos seus próprios objetivos de vida.

Enquanto a Mentalidade de Adolescente "busca ser", a MENTALIDADE ADULTA "É"...


Brincadeiras House-Anas

2 de abril de 2015



Brincadeiras House-Anas

"diga me mais sobre vestir a máscara house e. brincar/torturar a garota com as ilusões e fantasias que ela carrega, como seria isso?"

Seria "o super-neg-jin" fase 3...
Como a garota que me baniu do grupo...
Eu pegaria os pontos fracos dela e atacaria em cima deles:
 
"Vc não tem seios nem bunda...
Realmente se acha uma mulher?
Quando olhamos pra vc, só vemos um palito com olhos
Até o teu filho não te suportaria porque vc não teria seio pra dar pra ele...
Tenho certeza de que vc só tem namorado pq ele ainda não arranjou coisa melhor... afinal, o osso é largado por quem tem carne..."
 
Huahuahua
 
Desabafei
Claro que nunca cheguei nesse nível ultra hard...
Mas a ideia é essa, ataque força total nos pontos de insegurança

"santo deus... e dps q ela suicidasse.. como seria?"
O mundo seria um lugar melhor Huahuahua

É exatamente disso que estou falando
Somos cheios de expectativas catastróficas... "ela poderia se suicidar"... Então, é melhor não pisar no calo dela
Mas, recentemente, aprendi uma nova palavra com o Fritz:
Expectativa "anastrófica" - um super otimismo que algo bom pode acontecer...
 
Ouvindo tudo o que eu disse, ela poderia enxergar que há algo de verdade nisso, poderia entrar numa academia, ganhar alguns kg, ficar gostosa...
 
E é isso o que House faz na série: uma espécie de "jogos mortais"
 
"A verdade é essa, aprenda a lidar com isso"
 
Se a pessoa usa a verdade de forma negativa, ela escolheu "morrer"
 
Mas se a usa de forma positiva, de forma construtiva, de um modo no qual ela vai melhorar algo em si mesma... essa é uma escolha pela VIDA...


O Mapa Não É O Território

26 de março de 2015

"O Mapa Não É O Território"

Se há um pressuposto na PNL que aprecio, certamente é este:
O Mapa Não é o Território.

Permita-me repití-lo:
O Mapa Não é o teritório.

Sejamos justos e mais específicos... este é um pressuposto de Alfred Korzybski...
Que acredita existir um "estrutura profunda" no ser humano que transcende qualquer palavra que possamos usar para descrevê-la...
Mas ainda assim, continuamos buscando respostas nas descrições, nos mapas de outras pessoas, nas opiniões e conselhos alheios.

E assim, ficamos cada vez mais presos aos mapas e distantes do território... cada vez mais dentro de fantasias e longe da realidade.
Se quero abordar aquela hb... confio no "mapa do mestre PUA"... na estratégia que ele me ensinou.

Mas se a porra da estratégia não funciona... e agora? o que faço? olho para o território ou busco outro mapa? outro conselho de algum outro mestre PUA?

Se há uma parede na minha frente, não importa qual mapa eu esteja usando...
 
O que importa é que eu observe esta parede que se encontra no território...
 
E assim, posso lidar com ela, destruí-la ou contorná-la... e então, prosseguir no meu caminho, desbravando o território.


Tensão Sexual

27 de março de 2015

"como gera tensao sexual na hb? tenho dificudade nisso ai

Se vc estiver presente, no Agora, desfrutando do momento e a mulher na tua frente for atraente,
Pode ter certeza de que vc vai sentir a tensão sexual no ar.

E se vc simplesmente, diminuir o espaço entre vcs, olhar nas pupilas dela e kiná-la...
Ela tmb vai sentir essa tensão.

Se vc não tem experimentado isso, vou te propor uma perspectiva diferente:
O que te impede de perceber a tensão sexual entre vcs?
Provavelmente, qnd está diante dela, vc não está no Agora, não está curtindo o momento.
Provavelmente, está tenso, com algum músculo contraído, inibindo tua própria vibe sexual...

A vibe sexual é transmitida pelos sentidos.
O que a hb vê em vc? Vc está bem vestido e tranquilo ou está sujo e com o rosto carregado de tensão?
Vc a toca? E se toca, é um toque agradável ou desajeitado?
Como é a tua voz qnd fala com ela? É sexy ou travada como se estivesse choramingando?
Vc tm um bom cheiro? Ou está suado e fedido como um macaco? (huahuahua)

Vc não precisa estimular todos os sentidos dela, mas claro que quanto mais sentidos estimulados, maior será a vibe/tensão sexual que ela receberá de vc.
 
De forma tal que... da próxima vez que estiver próximo dela, apenas tome consciência de COMO VC ESTIMULA OS SENTIDOS DELA.

E certamente, o último sentido a ser estimulado será o paladar... através do beijo... se vc puder chegar até lá...


Um pouco de Gestalt

23 de março de 2015

Há 3 tipos de consciência: do interno, do externo e da fantasia. (perspectiva gestáltica)

Entenda fantasia como a mente - tudo o q vc pensa.
O externo como o ambiente ou outra pessoa.
E o interno como o fisico, o teu corpo.

Quando está abordando, qual tipo de consciência se manifesta com maior facilidade em vc?
"A da fantasia"

Exato
A maioria de nós estamos acostumados a abordar cheio de fantasias.

Existe um pressuposto na Gestalt que é: "Loose your head and come to your senses"
Significa algo como "perca sua cabeça e torne-se os teus sentidos"

Não importa o que fantasiamos, o que importa é a realidade...
Através dos sentidos, percebemos como a hb está reagindo à nossa abordagem?
 
Se sim, podemos calibrar e usar da criatividade para lidar com elaSe não, continuamos na fantasia e set perdido..."


Kierkegaard

23 de março de 2015


"Quanto mais eu penso, menos sou, e quanto menos eu penso, mais eu sou"

Soren Kierkegaard


Sobre: Maturidade, Vida Cotidiana e Paixonite

22 de março de 2015

Sobre a maturidade...

Algo tão demorado?
Pra poucos?
Huahuahua
Porque é isso mesmo

Todo mundo quer facilidades... ser curado por Deus, pelo hipnólogo, pelo terapeuta, pelo coach, pelo pastor...
 
As pessoas gostam de ser infantis e depender dos outros, adquirir pais provisórios que resolvam os seus problemas...

Não queremos crescer... nem ter responsabilidades
Porque o crescimento é doloroso!
 
Ser responsável por si mesmo, enfrentar os próprios problemas sozinho... exige coragem, não queremos estar sós, queremos que nos estendam a mão, nos carreguem e nos salvem...

A ideia de ser Alfa entre os homens... Huahuahua
Poucos estam prontos de verdade pra isso


Sobre a vida cotidiana...

Só podemos evoluir com o Zen com a vida que temos
 
É na experiência, diante das situações que nos revelamos e nos conhecemos...

Fique em casa, trancado no quarto e só conseguirá fantasiar sobre si mesmo e sobre o mundo
 
Saia de casa, lide com as pessoas... as máscaras das fantasias caem e vemos como realmente somos...

Máscaras pesam e não podem ser sustentadas por muito tempo
 
Melhor é deixá-las e permitir que nosso verdadeiro rosto esteja em contato com o mundo"


Sobre paixonite...

No meu caso...
 
Percebo que estou apaixonado
 
Há emoção em mim, isso é inevitável e até aí tudo bem

O suposto "problema" começaria se eu fantasiasse com a hb... se eu esperasse determinadas respostas delas... determinados comportamentos... se eu esperasse que ela gostasse de mim também...

Então, se a pessoa real NÃO é compatível com a imagem que criei dela... sofro por isso... a paixonite está instalada e eu estou lascado
 
Huahuahua


Meditação

13 de março de 2015


Experimente colocar um pedaço de pão debaixo da tua língua.
 
O que acontece depois? Você começa a salivar e o pão se dissolve...
 
E assim, o teu organismo absorve os nutrientes do pão.


Dizem que a água é o solvente universal.
 
E tal como a água, a consciência também tem a capacidade de dissolver elementos do ego, seja carência, ciúme, orgulho, o que seja...
 
Mas é necessário que esses elementos não sejam evitados, nem reprimidos, não se tornem inconscientes...
É necessário estejam em contato com a consciência para que se dissolvam e sejam absorvidos em forma de energia!


Já experimentou meditar?
É bem provável que se tentar ficar parado meditando, acabe se sentindo entediado...
 
E você é esse tédio! Energeticamente falando, você é ele.


Mas à medida em que continua meditando, isso pode levar semanas-meses-anos,
chega uma hora em que o tédio se dissolve na consciência e é absorvido em forma de energia.
 
Não estou falando de nenhuma teoria, isto é fato, qualquer pessoa que medite percebe isso,
a meditação começa a funcionar de uma forma energética na qual o tédio não estará presente.


Você pode experimentar por si próprio...


Não-Mente

12 de março de 2015

Não vou falar de conceitos com você agora.
Basta vc observar as tuas próprias experiências.
 
Há sensações que você sente durante a abordagem, mas você gostaria de não sentí-las...
Você tenta negá-las, reprimí-las, distanciá-las de você... mas essas sensações são você!

E esse é o maior fenômeno Zen do qual adquiri consciência.
O corpo está mais próximo da realidade do que a mente...
 
E sabe por que? Porque você é o corpo! Mas você não é a mente!

Desde que você nasceu, você tem sido o teu corpo.
Mas desde que você nasceu, você não tem sido esta mente...
Esta mente é resultado de tudo o que você ouviu até hoje...
 
Anos de condicionamentos, de "educação" dos pais, dos professores, dos "Pua´s", todos te proporcionando pseudo-conhecimentos porque todos se importam com você, certo?

Talvez... por mais que as intenções deles tenham sido nobres, eles são pessoas tão perdidas quanto você está atualmente.

Então, por favor, não leve a sério o que eles te disseram, essa seriedade não é necessária.
 
Existe uma forma natural de perceber as coisas... de perceber a realidade... todo animal aprende isso.

Nenhum animal precisa que lhe ensinem o que fazer ou como caçar... eles são "não-mentes", eles aprendem com a própria experiência.
 
E o homem também pode ser assim, aprendiz da própria realidade, aprendiz da própria experiência... empirista por natureza.

Você só precisa permitir que a realidade se manifeste sem julgá-la com os conceitos da tua mente.
 
Só precisa observá-la desde a tua natureza da "não-mente..."...


Fuuuuuu-são

12 de março de 2015

Sim, existe um pressuposto na gestalt:
 
"A totalidade é mais do que a soma das partes"...
 
E isso é tão comum, é tão natural,
que a gente vê esse mesmo conceito Tanto no Zen, quanto no Tao e até mesmo em Dragon Ball Z, 
huahuahua

Lembra da fusão? Piccolo e Kami-Sama são fortes, mas quando acontece a fusão...
O guerreiro que nasce dessa fusão é muito mais forte que os indivíduos separados

Agora, imagine esse mesmo conceito aplicado na tua vida...
Sendo você capaz de "fusionar" o yin-yang interior, o teu bem e mal internos...


Congruência

12 de março de 2015


[...] falávamos daquela questão mente/corpo 
Sobre a tristeza provocar o choro ou o choro provocar a tristeza...



Pegando este gancho...
Há uma questão nisso muito importante para nós... 
Trata-se da congruência

Congruência entre corpo-mente,

Por exemplo: O Cal Lightman, série Lie to Me, observa muito isso
Se a pessoa diz que foi violentada, mas ela não sente nojo, desprezo, raiva... pelo que aconteceu, ela estará sendo incongruente

O "normal" seria ela sentir algo de repulsa... 

Mas se ela se sente feliz ou tem algum outro sentimento de alegria ao contar que foi violentada
Talvez esteja mentindo, talvez seja sádica, psicopata... o certo é que há algo de errado com ela


A questão é: Quando vc joga no direct
Vc é congruente?
 
Digamos... Vc chega na hb "gostei de você, quero te conhecer"
Qnd diz algo assim, há alegria no teu rosto - você está demonstrando que gostou dela fisicamente
 
Ou há tensão no rosto? Demonstrando algo diferente de ter gostado dela, sendo incongruente?


E as mulheres são "Cal Lightman" em potencial... elas percebem se somos congruentes ou não, huahuahua..."


Pra quem se interrou pelo tema, recomendo o livro:
Inner Game Challenge do LoGun.
 
Na minha opinião, um dos poucos livros de sedução que REALMENTE valem à pena...


Um Pouco de Mim Mesmo

6 de março de 2015

[...] algumas das minhas experiências pessoais sobre como eu conversava com as pessoas:

Há uns 10 anos, lembro que eu tinha um frame inconsciente de "não me envolver" ou "não me expor demais".
De fato, não confiava em ninguém e tinha uma crença de que se as pessoas me conhecessem, não iriam gostar de mim e iriam me tratar mal.

Por isso, quando eu "conversava" com outra pessoa, não conversava de verdade...
Eu me escondia... me limitava na tentativa de ser um bom ouvinte e esperava que assim a pessoa gostasse de mim.

E eu nem era um bom ouvinte...
Muitas vezes, eu conseguia enganar as pessoas, fingindo que as ouvia, 
Mas interiormente, eu carregava uma ENORME tensão e enquanto a pessoa falava eu ganhava tempo para pensar na próxima pergunta que eu faria ou como estender o tema para que ela continuasse falando...
 
Essa era a minha concepção de conversar...

Alguns anos depois, conheci a PNL.
Descobri na teoria como criar Rapport e pensei "é... essa porra faz sentido, tentarei isso".

A princípio não mudou muita coisa...
Eu continuava não ouvindo e pra piorar, perdia muito tempo pensando em "como imitar a pessoa que está falando sem que ela perceba minha imitação".

Mas com a prática, ou talvez sendo mais preciso, com a não-prática algo aconteceu.

Meu corpo começava a entrar em rapport com a pessoa que eu escutava.
Mas, agora, não era eu de fato quem criava o rapport...

O momento acontecia, a escuta acontecia e consequentemente, o rapport vinha junto.
 
Só depois que eu me movia como a outra pessoa é que vinha a tomada de consciência "ah! o rapport está acontecendo!"
Não sei... fico com a impressão que o rapport é uma tendência natural, mas que por motivos que não comentarei com você agora, ele acaba sendo suprimido e precisamos de supostas "técnicas" para lembrarmos o que sempre soubemos...

Você tem comentado que há pessoas que te "acusam" de viver em "teu próprio mundo"...
 
Se eu visse um animal escondido na toca e não tivesse nenhum interesse por ele, simplesmente o deixaria lá.
 
Mas se faço questão de tirá-lo da toca, você há de convir que tenho algum interesse nele [...]