quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Honestidade Radical


 

"[...] uma coisa muito prática que podemos fazer para dar o Passo Dois, dos Dez Passos para Nos Tornarmos um Facilitador Espiritual, é conversarmos uns com os outros. 

Parece muito óbvio, não? Quer dizer, não é o que todo mundo faz? 
Não. Na verdade, é mais comum as pessoas passarem pelas outras em suas vidas sem dizer uma palavra. E, quando dizem, raramente ela é completamente verdadeira e honesta. 

Não aprendemos a ser honestos uns com os outros. De fato, nosso mundo nos ensinou a mentir. Fomos treinados para mentir (mesmo por omissão, pois uma “mentira” pode ser algo que é dito ou que não é dito...) e aprendemos que quando dizemos a verdade raramente somos recompensados, mas somos, efetivamente, punidos pela vida. 

O resultado é que muitas pessoas passam pela vida pesando cada palavra, avaliando silenciosamente cada situação, percebendo cada momento e o que ele parece requerer, e tentando descobrir como podem dizer o que precisam dizer para chegarem onde querem chegar, de modo a sobreviverem com a felicidade intacta. 

Tentamos fazer isso sem comprometer demasiadamente nossa integridade, mas muitos de nós abrimos mão de nossa integridade se considerarmos que a nossa sobrevivência – ou alguma coisa que realmente queremos – está em risco. Assim, quando digo aqui que uma maneira prática para darmos o Passo Dois – concordarmos uns com os outros – é conversarmos uns com os outros, não estou me referindo a uma simples troca de palavras entre um ou dois idiomas da humanidade. Estou falando sobre dizer a verdade, do fundo do coração. 

Não é o tipo de conversa com que estamos acostumados. 
Não é o tipo de comunicação que a maioria das pessoas chamaria de normal. 
É o tipo de comunicação em que muitos de nós desejaríamos nos empenhar, mas muitos de nós temos medo de fazê-lo. 

Então, não o fazemos com muita freqüência, nem com muitas pessoas. 
CcD diz que há Cinco Níveis para Dizer a Verdade. 

Nível 1: Dizer a verdade sobre você para você. 
Nível 2: Dizer a verdade sobre o outro para você. 
Nível 3: Dizer a verdade sobre você para o outro. 
Nível 4: Dizer a verdade sobre o outro para esse outro. 
Nível 5: Dizer a verdade sobre tudo para todo mundo. 

Não vou entrar numa argumentação e descrição desses Cinco Níveis para Dizer a Verdade, porque acredito que para as pessoas que estão lendo este livro a lista acima fala por si mesma. (Se você quiser mais detalhes, pode encontrá-los no livro Conversando com Deus – Livro 2). 

O que eu descobri sobre dizer totalmente a verdade, ou o que meu amigo Brad Blanton chama de honestidade radical (ele escreveu um livro com esse nome que vale a pena você ler) – é que raramente ocorrem os resultados que tememos, que são rejeição, perda e não aceitação. 

Nos momentos em que tive a coragem de realmente dizer a verdade para as pessoas, toda a verdade, tanto sobre mim mesmo quanto sobre elas, ou sobre nós, quase sempre vivi um momento surpreendente de calma e auto-aceitação, e quase sempre estava presente uma boa vontade por parte do outro para me aceitar como sou, e perdoar as fraquezas que eu possa ter, deliberadamente ou inadvertidamente, exposto. 

Estou dizendo a você que dizer a verdade funciona. 
E é apenas quando duas pessoas podem sentar e falar suas verdades uma à outra que elas podem pelo menos esperar atingir um lugar onde cheguem a uma conclusão sobre a outra – que a outra pessoa não é realmente má, mas é como nós."

Por: Neale Donald Walsch (livro - Parte da Transformação)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Sobre Gestalt - Em Flow


 

Começo a brincar de Flow (clique aqui), descrevendo tudo o que se passa na minha mente.
Isso é divertido, já faz alguns dias que não brinco de Flow (clique aqui).
É muito curioso observar que de fato as palavras vão surgindo na minha mente, se organizando por conta própria, tomando a forma que querem tomar... isso me lembra o princípio da auto-regulação organísmica formulado por Kurt Goldstein, mas não quero falar sobre isso agora.

Gestalt-Terapia! Confesso que eu gostaria de escrever algo a respeito sobre o tema.
Algo no estilo "Como usar a Gestalt-Terapia para promover o crescimento psicológico".

O objetivo da Gestal-Terapia é tornar a pessoa madura.
Segundo Frederick Perls, criador dessa abordagem, a pessoa madura é aquela que substitui o suporte ambiental pelo auto-suporte... porra... o cursor do meu pc fica trocando de lugar, ele muda de lugar na tela sozinho... perdi um pouco a porra do fio da meada... huahuahua.

Voltando ao assunto: porra... aconteceu de novo... merda de cursor...
Não, eu não falo tanto palavrão assim na vida real, só estou dizendo agora pra tornar esse texto mais interessante, caros amigos... eu sei que vocês gostam dessa merda... huahuahua

Então, como eu estava dizendo, Frederick Pels dizia que o amadurecimento ocorre quando o indivíduo é capaz de substituir o suporte ambiental pelo auto-suporte.
Vamos dar um exemplo: pense numa pessoa religiosa.
Ela espera que o livro sagrado ou seu líder religioso seja capaz de lhe dizer o que fazer, como ela deve levar uma vida mais "santa" e regrada de acordo com os conceitos divinos.
Reconheço que este não é um bom exemplo, já que as pessoas têm o direito de escolherem as religiões que elas quiserem, mas do ponto de vista da Gestalt-Terapia, a pessoa que fizesse o que comentamos, a pessoa que esperasse respostas do seu ambiente, respostas dos outros sobre como ela deveria levar a sua vida, seria uma pessoa imatura do ponto de vista psicológico.

O auto-suporte ou self-suport significa ser capaz de encontrar o apoio que você precisa em si mesmo.
Significa ser corajoso o suficiente para levar a vida que você deseja levar independentemente de estar certo ou errado.
Se por acaso você estiver errado, a própria vida vai lhe mostrar que você está cometendo erros e sendo um observador imparcial da realidade, você terá sabedoria o suficiente para adequar os teus comportamentos, as tuas ações e assim viver de forma equilibrada, de forma saudável na qual você não irá gerar prejuízos a si mesmo.

Agora fiquei sem palavras. Fechei uma Gestalt, concluí um pensamento, posso dar tempo à minha mente para que um novo pensamento surja... e então, sobre o que mais eu quero falar? Ao fazer esta pergunta, dou-me conta de que já internalizei este processo. Costumo fazer perguntas a mim mesmo para direcionar o meu pensamento, direcionar o meu foco para onde eu quiser e assim ter ideias mais proveitosas.

E eis que surge um novo assunto sobre o qual eu posso falar.
É algo que eu gosto de chamar de "Perguntas FESEQ".
Frederick Perls disse que existem 5 perguntas básicas que um psicólogo deve usar com seu paciente.
Ou no nosso caso, há 5 perguntas básicas que podemos usar em nós mesmos para promover o auto-conhecimento.

Primeiramente, devo salientar que são 3 perguntas principais e 2 secundárias. 
São elas:
O que estou Fazendo?
O que estou Sentindo?
O que Quero?

E as 2 secundárias são:
O que Evito?
O que Espero?

Entendeu o porquê de eu chamá-las de "Perguntas FESEQ"?
Se por acaso não percebeu, devo dizer que você é muito ruim como observador.
Observe as letras iniciais das palavras principais dentro das perguntas que fiz e você vai me entender...

Pois bem... como se usa as perguntas FESEQ?
Como na Gestalt-Terapia temos uma abordagem fenomenológica-existencial, não costumamos perder tempo com teorias quando o negócio é sério. Vamos direto ao exemplo prático. Esta é a melhor forma de aprender.

Está escurecendo aqui na sala de casa. Olhei para o relógio e já se passaram 20 minutos desde que comecei a digitar... huahuahua... estou em Flow a 20 minutos! Passou tão rápido que nem percebi... foda-se... vou continuar meu Flow e voltar ao assunto...

Um exemplo prático de como usar as perguntas FESEQ... quem conhece meu estilo, sabe que gosto de usar temas relacionados ao Pick Up, afinal, foi uma época interessante e divertida da minha vida, é algo que faz parte da minha história pessoal.

Pois bem...
Imaginemos que um PUA (Pick Up Artist ou Artista da Sedução) está passeando no shopping.
Ele avista uma mulher atraente, o tipo que de fato faz o tipo dele.
O PUA decide abordá-la, mas não consegue.
Por ser inexperiente, ele sente a chamada "Ansiedade de Aproximação" (AA) e fica travado.

25 minutos se passaram de acordo com esta nova vez que olhei para o relógio... desculpe-me por interromper o texto, você que está lendo isto agora, hehe, vou me concentrar melhor desta vez...

Voltando a nossa história, o PUA sentiu-se travado devido à AA, ele não conseguiu abordar...
Voltou para casa e decidiu aplicar a Gestalt-Terapia em si mesmo para aprender alguma coisa.

Frederick Perls, em seu livro Gestalt-Terapia Explicada, afirmou que "A Tomada de Consciência Tem Efeito De Cura". Essa é uma das premissas básicas da Gestalt, tomar consciência de si mesmo é essencial.

Então... o jovem da nossa história, agora que está em casa, vai usar as Perguntas FESEQ para aprender o que a própria situação é capaz de ensinar.
Ele deve recriar o contexto da situação e vivenciar o ocorrido de forma psicodrámatica (clique aqui).
Para isso, o mais conveniente é que ele esteja num cômodo, sozinho em casa, para que tenha liberdade de fazer o que precisa ser feito, inclusive conversar consigo mesmo e em voz alta... estando sozinho, não há o risco de pensarem que ele está louco, hehe.

Pois bem: o indivíduo deve recriar a a cena como se fosse uma peça de teatro, de acordo com as lembranças que surgirem em sua memória:
Ele de pé, sozinho na sala, por exemplo, vai começar a recordar o que ocorreu e tomar consciência tanto do ocorrido externamente no ambiente quanto o ocorrido internamente na sua mente e no seu corpo.

Um exemplo de ele fazendo isso, narrando em voz alta:
"Estou andando pelo shopping center.
Estou calmo e relaxado.
Pensei em comprar uma camisa bacana na loja Lupo e estou andando até lá"
A primeira coisa que preciso destacar: percebam que ele faz isso narrando o ocorrido no PRESENTE  e vivenciando a cena enquanto ela ocorre no AQUI AGORA.  Continuando:

"Agora eu avisto uma bela mulher.
Estou vendo uma loira com lábios carnudos, cabelos compridos, baixinha, quadril largo, coxa grossa.
Ela está bem vestida com roupas apertadas que se encaixam perfeitamente em seu belo corpo com belas curvas"
Aqui ele está tomando consciência do que aconteceu externamente no ambiente.

"Neste momento, penso em ir falar com ela, mas estou nervoso.
Sinto meu coração batendo forte, minha respiração está acelerada, acho que estou suando um pouco"
Aqui, ele começa a tomar consciência interna, do que acontecia em seu corpo.

"Eu queria falar com ela, mas penso que se eu for ela pode dizer não e me rejeitar. Sinto que não estou pronto para isso, sinto que não consigo lidar com a rejeição, não sou capaz de fazer papel de idiota e abordá-la... melhor eu não falar com ela".
Aqui ele toma consciência do processo interno que acontecia em sua mente. Ele percebe as chamadas FANTASIAS que se passavam em sua mente antes da abordagem: ser rejeitado, fazer papel de idiota...

"Não consigo mais olhar para ela. Neste momento, desvio o meu olhar e estou percebendo que realmente não tenho nenhuma condição de falar com ela. Desejo evitar todo o tipo de possível constrangimento se eu falasse"
Novamente, ele está tomando consciência do ocorrido. Neste ponto, ele se dá conta do que evita: ele não consegue mais olhar pra ela, não consegue abordá-la, está fugindo de uma rejeição imaginária.

Esta é a Gestalt-Terapia.
Percebam que o objetivo desta técnica é você ser capaz de tomar conhecimento de coisas, detalhes que antes você não havia notado. É muito importante que você seja capaz de entrar em contato com suas emoções e re-experimentá-las. Lembre que o organismo possui capacidade de se auto-regular.

O teu próprio organismo sabe como lidar com suas emoções se você criar o espaço propício para que ele aprenda a fazer isso. Não tente esconder nada de si mesmo, não justifique, não analise, não julgue, não ponha a culpa em ninguém.
Simplesmente, aceite tudo o que vier, afinal todas as emoções que surgirem são você mesmo.
Este é o princípio da totalidade da Gestalt. Tudo o que surgir dentro de você é você mesmo... e precisa ser expresso... esse é o caminho da aceitação e do auto-conhecimento...

Olho outra vez para o relógio... já se passaram... deixa eu pensar... uns 45 minutos desde que comecei a digitar isso... huahuaua

Foi divertido escrever isso, espero que quem leia tenha gostado.
Este foi um texto escrito totalmente em Flow, sem distrações, sem interrupções... 45 minutos de pura digitação e expressão de minha parte...

Sei que ficou grande e não me importo.
Sei que, quem quer que leia isso, será alguém realmente interessado no assunto, há algumas jóias preciosas no meio de todo esse vasto conjunto de palavras que estava em minha mente, haha...

Até a próxima...


Realidade na Ação


 
E dizia o filósofo existencialista Jean Paul Sarte: "Só Existe Realidade Na Ação".

Semana passada, estive conversando com um colega de jornada.
Ele vive reclamando das mulheres, que elas estão em falta na vida dele, que não consegue atraí-las e que quando atrai alguma, só são as mais feias...
Então perguntei: "você dá nota às mulheres". Ele respondeu que sim.
"E a si mesmo? Que nota você merece como homem?"
Ele pensou por um instante e respondeu: "acho que sou um nota 3..."
Aplicando um pouco de PNL, perguntei: "e o que você precisaria fazer para melhorar a sua nota?"
Ele me disse coisas que estavam de alguma forma relacionadas à aparência: "preciso de roupas melhores, fazer plástica, ter um shape foda, melhorar meu status financeiro e social..."

Quando foi esta semana, eu o reencontrei.
"Lembra da nossa última conversa? O que você tem feito para realizar aqueles seus objetivos?"
Ele respondeu: "absolutamente nada..."

A você que está lendo... isso lhe parece familiar?
Quantas vezes nós mesmos sabemos que precisamos tomar uma determinada atitude mas não tomamos?
Quantas vezes já vimos nossos conhecidos precisando de mudanças em suas vidas mas não agem da forma que precisariam agir?
Este é um fenômeno crucial...
O homem sabe que precisa mudar mas não age de forma que a mudança se converta em uma realidade.

A respeito disso, o especialista na área de concursos, William Douglas, dizia que se estamos numa determinada situação incômoda e não fazemos nada para mudar, provavelmente é "porque não está doendo tanto".

O processo de mudança parece ter alguma semelhança com o processo de nascimento.
No processo de nascimento, passamos 9 meses no ventre da mãe.
Temos alimentação disponível, conforto e segurança... é tudo tão tranquilo que não precisamos nem respirar... a mãe faz isso pelo bebê.
Mas em dado momento, chega a hora nascer.
É algo que o bebê não estava esperando.
E é bom que seja assim, que seja algo tão natural...
Já imaginaram se o bebê fosse um intelectual que sentisse "ansiedade de nascimento" por não saber o que o aguardaria do lado de fora? Se fosse assim, conheço muitos caras que estariam dentro do ventre da mãe até hoje... tudo por medo do desconhecido, por medo das novidades, por medo de serem aventureiros...

E nesta parte, podemos pensar também nos casos das "promessas de fim de ano".
"No ano novo, pararei de beber, vou me alimentar corretamente e praticar exercício físico..."
Certamente, todos já ouvimos coisas parecidas.
Para mim, é curioso que as pessoas resolvam fazer esse tipo de promessa principalmente nas épocas de fim e começo de ano.
E isso acontece porque essa época de virada de ano cria uma ilusão de que há realmente mudanças acontecendo nas vidas das pessoas... ocorre o natal, a entrada de ano, o calendário termina e outro começa... passa-se a ilusão de que há algo diferente acontecendo no mundo externo, mas tudo isso é tão ingênuo... a pessoa do ano passado é a mesma do ano novo... quem mudou foi só o ano do calendário e não a pessoa.
Mas quem vive na ingenuidade sempre achará que ano novo é a época propícia para mudanças, como se o resto do ano não fosse...

Concluindo... para fazer mudanças é preciso dar nascimento a si mesmo.
Sair da zona de conforto, ainda que seja desconfortável, para então realizar o objetivo e poder voltar a uma nova zona de conforto, só que dessa vez, uma melhor que a anterior...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Sobre O Artista da Sedução


 



Já dizia Aleister Crowley:

"1. 0 Homem tem o direito de viver por sua própria lei, viver da maneira que ele quiser, trabalhar como ele quiser, brincar como ele quiser, descansar como ele quiser, morrer quando e como ele quiser...
2. 0 Homem tem o direito de comer o que ele quiser, beber o que ele quiser, morar onde ele quiser, mover-se como ele quiser sobre a face da terra...
3. 0 Homem tem o direito de pensar o que ele quiser, falar o que ele quiser, escrever o que ele quiser, desenhar, pintar, lavrar, estampar, moldar, construir como ele quiser, vestir o que ele quiser...
4. 0 Homem tem o direito de amar como ele quiser..."

"Faz O Que Tu Queres Há De Ser O Todo Da Lei" 

Acredito, sinceramente, que quem quer que viva dessa forma há de converter-se em um autêntico artista...
O artista é o resultado de uma verdadeira liberdade, de uma profunda espontaneidade, de um radical senso de auto-expressão.
É alguém que foi livre para fazer suas próprias experiências, cometer inúmeros "erros" e aprender com eles, refinar sua própria arte, crescer com a própria vida e assim começar a enxergar, sentir e ouvir de forma única e criativa.

Comunidades e métodos de sedução têm se tornado as ferramentas perfeitas que garantem que VOCÊ JAMAIS se torne um Artista da Sedução.
Será que alguém poderia dizer a Beethoven e Mozart como compor?
Poderia dizer a Salvado Dalí e a Picasso como pintar?
Poderia ensinar a Ronaldinho Gaúcho e a Messi como jogar futebol?

Acredito que sim, mas se alguém assim fizesse eles não se tornariam os fenômenos que se tornaram.
Todo artista é único e dizer a ele o que fazer não vai desenvolvê-lo mas sim limitá-lo. 
Então, porque nós homens morremos de medo de viver nossas próprias vidas e procuramos alguém para nos dizer o que fazer?
Certamente, é porque sabemos que existe o risco de nós falharmos, de cometermos erros, de nos perdermos no meio do caminho e de não conseguirmos os resultados que sonhamos em conquistar.
Sim, o risco de perder é uma possível realidade, mas o risco de ganhar também é.
Aceitá-los e de fato jogar o jogo é realmente essencial. 
É o único jeito de nos tornarmos artistas de verdade.
E é isso o que nos diferencia: quem de nós está disposto a correr todos os riscos e pagar o preço?

No Pick Up, o único estilo que realmente vale à pena é o Natural.
É ser quem você realmente é, estar além das técnicas e dos métodos, podendo usá-los mas ainda assim não depender deles.
Mas o que vejo nas comunidades de sedução é a maioria de nós homens querendo técnicas, macetes e atalhos para manipular as mulheres e conseguir resultados.
Ora... isso parece-me absurdo...
Essa porra não se chama Arte da Sedução?
Não deveria ser nosso objetivo nos tornarmos artistas?
Mas se tudo o queremos é aprender a manipular mulheres, deveríamos então mudar nosso título e nos tornar:
Atores da Sedução - se queremos aprender a fingir diante delas;
Políticos da Sedução - se queremos aprender a mentir pra elas;
ou Estrategistas da Sedução - se enxergarmos as mulheres como inimigas que precisam ser derrotadas neste jogo...

Não sei quanto a vocês, mas eu escolho ser um artista.
Apenas espero que façam o mesmo.
Quem tiver consciência, cedo ou tarde, assim o fará.
A vida é uma obra de arte e não há tempo a ser perdido...




domingo, 27 de dezembro de 2015

Mike Mentzer e O Pick UP


 

Este é o meu blog.
Este é o meu espaço.
Aqui posso expressar qualquer coisa que queira ser expresso.
Não preciso me preocupar em ser certo ou errado, nem no que os outros vão pensar.
Aqui posso ser simplesmente eu mesmo... ou ao menos, uma parte de mim mesmo: Mike Mentzer.
Que comece o Flow...

Este ano de 2015 foi interessante.
Eventos marcantes, profundos insights, mudanças na vida diária... mas hoje quero escrever especificamente sobre minha jornada no Pick Up.
Lembro quando eu era mais jovem... super tímido e travado. Na escola, não abria a boca pra dar um pio... quem diria que aquele garoto calado se tornaria um bom exemplo do que é ser um verdadeiro cara-de-pau e sem-vergonha-na-cara...

Eu, quando adolescente, costumava pensar que iria encontrar a garota perfeita, que iria namorá-la, casar com ela e que viveríamos felizes para sempre.
É, eu sei. Eu vivia no mundo da fantasia...

E como toda fantasia não pode durar para sempre por ser incompatível com a realidade... acabei cansando de esperar a mulher perfeita quando alcancei a maioridade e, talvez, pela primeira vez na vida, decidi que iria de fato começar a viver, deixar minha introversão e rigidez de lado, e que iria começar a realmente me divertir. Muito obrigado, Mestre Osho!

Mais ou menos nessa época, acabei tomando conhecimento do que seria um Pick Up Artist (PUA) através da internet, de ebook´s e do seriado de tv do Mistery que na épóca passava no canal fechado Multishow.
Fiquei encantado com as possibilidades. Poderia eu de fato começar a seduzir belas mulheres?
 
Apesar de eu não levar o menor jeito com elas, durante a adolescência nunca me faltavam opções de candidatas à namoradas já que elas se sentiam atraídas pela minha personalidade carismática e beleza natural, apesar de que naquele tempo eu não fazia ideia do porquê, achava-me feio e não tirava proveito das situações favoráveis...

Lembrar disso agora chega a ser engraçado.
Às vezes, eu chegava a acreditar que nenhuma garota iria gostar de mim de verdade se conhecesse o meu verdadeiro eu... que eu não era bom o bastante para dar autêntica felicidade, alegria e prazer a elas... que eu era uma fraude como homem, como indivíduo, como ser humano... e que eu talvez estivesse destinado a viver sozinho e isolado sem que alguém realmente me amasse...

Garoto problemático? Sim, e ao mesmo tempo não. Futuramente, percebi que não havia nada de errado comigo. Eu apenas vivia mais dentro da minha mente e das minhas fantasias do que em contato com a realidade, coisa que todas as pessoas fazem em maior ou menor grau...

Mas enfim... apesar das dificuldades, passei a ter bons resultados com a prática de técnicas PUA´s e à medida que eu obtinha resultados minha auto-confiança subia às alturas.

Sim, eu parecia muito satisfeito na época e isso até durou vários anos, mas chegou um ponto no qual minha satisfação passou a ser incompletude...
Percebi que havia passado para o extremo oposto: do cara que não pegava ninguém a um cara que tinha resultados bons e razoáveis (ei, nunca fui um Master-PUA...)... do cara que idealizava as mulheres ao cara que passou a enxergá-las como belos pedaços de carne que proporcionavam auges de prazer.

É, eu não amava as mulheres. Elas apenas eram objetos para mim, brinquedos altamente divertidos, meus próprios parques de diversões ambulantes... mas ao menos eu era honesto o suficiente para não iludi-las com promessas de amores que eu não poderia cumprir.

Agora, meu jogo mudou. Nada de Programação Neuro Línguistica e técnicas manipulatórias.
Meu "referencial teórico" é o puro jogo natural e direto: Inner Game Challenge do LoGun, As Regras de David X (dele próprio) e Mode One do Alan Roger Currie são livros que fortemente recomendo aqueles que decidem entrar neste mundo da sedução. Apesar de os livros do Nessahan Alita não serem PUA´s, também recomendo como leitura essencial para quem está neste meio...

E é isso.
Vou ficando por aqui, cansei de escrever por hoje.
A quem possa interessar, recomendo que pesquise sobre o tema "Honestidade Radical" do psicólogo Brad Blanton.
Isto pode dar um "upgrade" no seu modo de enxergar o mundo e a si mesmo.
Até a próxima.




sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

PNL x Gestalt

 
 
 
 
 
"Na verdade, não é que eu não use mais pnl, apenas deixou de ser o meu foco.
Há muitas coisas boas na pnl que podem ser aproveitadas diariamente como o rapport e sistemas representacionais, mas para criar verdadeira evolução e maturidade do ser, acredito que Gestalt seja mais apropriada e completa.

Frederick Perls, em seu livro Gestalt-Terapia Explicada, disse que "A Tomada de Consciência Tem Efeito De Cura".
Essa é uma das máximas que levo pra minha vida e é a técnica que utilizo - Tomada de Consciência.

De forma prática: digamos que tenho ansiedade de aproximação e não consigo abordar uma mulher.
No exato momento em que isso acontecer, não uma hora depois ou um dia depois nem um ano depois, mas no exato momento em que um "sintoma" se manifestar devo imediatamente captar a sua manifestação e observá-lo.
E quando digo observá-lo, quero dizer que devo aceitar que ele faz parte de mim e permitir que ele se manifeste de forma total na minha mente e no meu corpo enquanto mantenho consciência dele, ou seja, preciso permitir que o sintoma ganhe EXPRESSÃO dentro de mim em vez de reprimi-lo, julgá-lo, analisá-lo, interpretá-lo, distorcê-lo ou seja lá o que for...

Perceba que na Gestalt ninguém pode fazer esse trabalho por você.
A forma que você lida com o teu "sintoma" é total responsabilidade sua.
É uma autêntica forma de lidar com o "problema" cara-a-cara e literalmente começar a se conhecer.
E a partir desse auto-conhecimento você amadurece e se desenvolve porque você passa a se INTEGRAR, a tornar-se inteiro.
Não vai mais existir dualidade - o você e a parte que você rejeita, o você e a parte que você não gosta, você e o seu "sintoma".
Vai haver simplesmente unidade - VOCÊ e nada mais, VOCÊ e total aceitação de quem você é, autêntica paz consigo mesmo.

Na pnl, eu não vejo isso.
Na pnl, penso que falte uma parte filosófica de auto-desenvolvimento.
A pnl parece mais um truque pra vc conseguir resultados rápidos...
É como se o sujeito tivesse um "sintoma", ele vai até o master de pnl que o ajuda a resolver o problema.
Mas isso não faz a pessoa amadurecer, não faz cresce-la de dentro pra fora, não aumenta sua consciência para que ela por conta própria possa lidar com os próximos problemas que estão por vir.
 
Apenas minha opinião..."

Emergência Espiritual


 


SINOPSE:
"A principal idéia desenvolvida neste livro é de que algumas das experiências dramáticas e dos  estados  mentais  incomuns  que  a  psiquiatria  tradicional  diagnostica  e  trata  como distúrbios  mentais  são,  na  verdade,  crise  de  transformação  pessoal  ou  emergências espirituais. Episódios dessa espécie têm sido descritos na literatura sagrada de todas as épocas  como  resultados  de  práticas  de  meditação  e  como  marcos  do  caminho  místico, em suma, experiências dotadas de um conteúdo ou sentido espiritual bem claro. 

Quando entendidas adequadamente e tratadas de maneira compreensiva, em vez de suprimidas pelas rotinas psiquiátricas padronizadas, essas experiências podem ter um efeito  de  cura  e  produzir  efeitos  benéficos  nas  pessoas  que  passam  por  elas."

Stanislav Grof, representante da Psicologia Transpessoal, publicou um livro intitulado Emergência Espiritual.
Basicamente, ele diz que existem dois tipos de distúrbios mentais: o patológico e o saudável.
Na verdade, ele não usa esses termos mas a ideia é essa.
Os distúrbios mentais patológicos são objetos de estudo da psiquiatria.
os distúrbios mentais saudáveis estão sendo um dos objetos de estudos da psicologia transpessoal.
Como podemos diferenciar entre os patológicos e os saudáveis?
Observando as consequências.
No caso de uma psicose patológica, por exemplo, após o surto e o período de tratamento, o indivíduo retorna a sua "normalidade", a sua vida cotidiana e recupera a sua vida de onde parou. Em casos de vários surtos psicóticos ao longo da vida, o indivíduo pode até mesmo ter a sua mentalidade prejudicada e apresentará debilidades como fala mais lenta que o normal consequente de um raciocínio demorado.
Já no caso de psicose saudável, de emergência espiritual, o sujeito após o surto e o tratamento retornará a sua "normalidade" de uma forma mais saudável, criativa e espontânea do que ele era quando antes de ser acometido pela doença. Até mesmo graves problemas emocionais que antes o afligiam poderão ter sido curados após a sua recuperação do surto.
A psicose saudável poderia ser, então, metaforicamente entendida como um processo de metamorforse.
Pense numa lagarta.
No momento adequado, ela criará um casulo, passará dias e semanas dentro dele sem saber se um dia sairá com vida. Mas a metamorfose é um processo natural na vida da lagarta. Ela precisa passar por isso. Mesmo que a lagarta tenha dúvidas e até sofra com esse processo, ela não pode evitá-lo se quiser evoluir.
E eis que um belo dia a metamorfose se completa. A lagarta sai do casulo como uma borboleta. Agora ela está melhor do que jamais esteve, num patamar no qual as outras lagartas agora não podem mais alcançá-la.
E o mesmo acontece com a pessoa que passa por uma crise de emergência espiritual.
Ela sairá dessa crise de forma renovada e mais saudável do que jamais foi antes.
Pessoas como Eckhart Tolle, autor de O Poder do Agora e até mesmo Paulo de Tarso, apóstolo de Cristo, podem ter passado por um processo de emergência espiritual semelhante antes de se tornarem quem eles se tornaram...







quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Aleister Crowley

 
 
Ultimamente, estive lendo sobre Satanismo.
Não, não se trata de adorar satã.
Trata-se de adorar a si mesmo, de "Amar A Si Mesmo Sobre Todas As Coisas"...

Crowley disse que "Todo Homem E Toda Mulher É Uma Estrela".
A estrela tem brilho próprio, não precisa que o Sol a ilumine,
assim como o homem tem liberdade para viver como ele quiser e não sob a tirania dos mandamentos de um deus qualquer...

Não sei se deus e diabo existem... e francamente, pouco importa.
De fato, deus e diabo pra mim têm a mesma importância que pinguins da Antártida.
Eles existem? Se não existirem não faz a menor diferença...
Talvez, Nietzsche tenha razão e em algum momento deus tenha morrido...

"Faz O Que Tu Queres Há De Ser O Todo Da Lei"
O homem nasceu para ser a expressão de si mesmo e não para ser um animal adestrado
que sofrerá a punição de ir para o inferno ou a recompensa de ir para o céu caso cumpra ou descumpra as chamadas "leis divinas"...

A consciência é tudo o que importa.
Viver como se queira viver, tomando a responsabilidade por suas próprias escolhas...
Isso é tudo o que importa...

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A LEI DE THELEMA - Liber LXXVII

(By Aleister Crowley)

“A lei do forte: esta é a nossa lei e a alegria do mundo." AL ii 21
 
"Faze o que tu queres há de ser toda a lei." AL i 40
 
"Tu não tens direito a não ser fazer a tua vontade.
 
Faze aquilo e nenhum outro dirá não.” AL i 42-3
 
"Todo homem e toda mulher é uma estrela." AL i 3
 
Não existe deus senão o homem.
 
1. 0 Homem tem o direito de viver por sua própria lei, viver da maneira que ele quiser, trabalhar como ele quiser, brincar como ele quiser, descansar como ele quiser, morrer quando e como ele quiser...
2. 0 Homem tem o direito de comer o que ele quiser, beber o que ele quiser, morar onde ele quiser, mover-se como ele quiser sobre a face da terra...
3. 0 Homem tem o direito de pensar o que ele quiser, falar o que ele quiser, escrever o que ele quiser, desenhar, pintar, lavrar, estampar, moldar, construir como ele quiser, vestir o que ele quiser...
4. 0 Homem tem o direito de amar como ele quiser...
"tomai vossa fartura e vontade de amor como quiserdes, quando, onde e com quem quiserdes." AL i 51
5. 0 Homem tem o direito de matar esses que quereriam contrariar estes direitos.
 
“Os escravos servirão.” AL ii 58
 
"Amor é a lei, amor sob vontade.” AL i 57

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Bases para o Inner Game

 


Ninguém espera que um jogador doente faça uma boa partida.
Ou que ele dê 100% num campo de futebol encharcado.
Para que seja feito um bom jogo, o jogador precisa estar bem consigo mesmo, assim como precisa que o ambiente de jogo seja adequado.

Hoje vamos falar de elementos básicos para o Inner Game.
Apesar de básicos, muitos jogadores pecam nesses elementos e não é de se estranhar que não tenham um psicológico equilibrado para jogar o jogo da sedução de forma adequada.

Chega de conversa e vamos ao ponto central da questão: comece dividindo a sua vida em setores e veja onde estão os teus pontos fracos, os pontos que precisam ser melhorados.
Por exemplo, podemos fazer uma divisão básica em 3 setores:

- Físico: você se alimenta corretamente? Bebe água em quantidade adequada? Tem boas noites de sono? Pratica exercícios de forma regular? Está satisfeito com o seu corpo? Goza de uma boa saúde? 

- Social: você está bem com sua família? Está bem com os colegas de trabalho ou da faculdade? Possui amigos? Sai com regularidade? Está namorando?

- Financeiro: é você mesmo quem paga suas contas? Ganha o suficiente para desfrutar de um bom lazer? Ganha o bastante para economizar e aumentar o seu patrimônio? Está satisfeito com o seu trabalho?

Percebam que as grandes diferenças são criadas pelos detalhes.
Se você nem sequer se alimenta bem e não está satisfeito com o seu corpo, é provável que não tenha confiança suficiente para fazer uma boa abordagem.
Se você não se dá bem nem com sua família e colegas de trabalho, é provável que não tenha habilidade social para desenvolver uma conversa agradável.
Se ainda não paga suas contas e não tem dinheiro para lazer, é provável que fique limitado quanto a opções de bons lugares para sair no fim de semana.

Resumindo: todo indivíduo possui necessidades e o grau de satisfação dessas necessidades define o nível de bem-estar que o indivíduo experimenta, sendo assim, interior (necessidades) e exterior (satisfação) precisam estar equilibrados.
Quanto mais satisfeito você estiver com sua vida, com quem você é e com o quê você faz, mais equilibrado e forte será o seu Inner Game.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A Arte da Sedução

 


"Alguém plenamente satisfeito não pode ser seduzido." - Robert Greene.

Recentemente, estive lendo o livro A Arte da Sedução - Edição Concisa de Robert Greene.

Gostei do livro, muito bem escrito, possui dicas que facilitam insights interessantes apesar de muitas das ideias descritas pelo autor, ao menos a princípio, parecem-me difíceis de serem colocadas em prática...

Dentre todos os pensamentos descritos no livro, sem dúvida, o que mais me chamou atenção foi o pensamento mencionado no início deste texto. 

Será mesmo que uma pessoa plenamente satisfeita não pode ser seduzida?

Para tentarmos responder isso, primeiramente, é preciso entender então quem é que pode ser seduzido.

Vamos direto ao assunto: sabemos que as pessoas mais facilmente "apaixonáveis" são aquelas que possuem algum tipo de vulnerabilidade emocional, carência afetiva e fantasias latentes que ainda não foram realizadas. Essa descrição bate bem com o típico adolescente que idealiza uma grande paixão, que sonha em um dia encontrar um grande amor e todo aquele blá, blá, blá... enfim...

Ainda que essas características sejam  compatíveis com adolescentes, elas também combinam com boa parte da sociedade adulta, afinal, o fato é que a maioria dos adultos permanecem com a mentalidade adolescente e do ponto de vista emocional então... alguns chegam a beirar a infantilidade...

O que faz de um adulto um verdadeiro adulto?

A capacidade de ser responsável, de lidar com a realidade, de experimentá-la da forma como ela de fato é... são características básicas que na minha opinião diferenciam os adultos dos adolescentes.

Trazendo para o tema da paixão, podemos afirmar que enquanto o adolescente fantasia com a sua parceira e idealiza características que ela de fato não possui, o adulto é capaz de enxergar a parceira como ela realmente é, é capaz de lidar com os seus defeitos e se adaptar a eles. 

Dizendo de outra forma, o adolescente espera que sua parceira o complete enquanto o adulto é completo por si só... 

Vale lembrar que ser adulto, ser completo por si só... requer certo tempo de vida para que o indivíduo possa de fato amadurecer. Só uma pessoa que já viveu várias paixões, que já provou de diversos amores e reconheceu as sutilezas de seus variados gostos tanto em qualidade quanto em profundidade poderá encarar a vida sem fantasias de apaixonamento.

Portanto, caro amigo que está lendo isto agora, se você age como um bobão quando está apaixonado não há como evitar este acontecimento... apenas desfrute da paixão, adquira experiência, saboreie tanto o doce quanto o amargo que a paixão pode te oferecer com a máxima consciência possível pois este é o único caminho para um dia alcançar a plenitude...
"O único meio de livrar-se de uma tentação é ceder a ela." - Oscar Wilde

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Auto-Sugestão





"O método pelo qual o desejo de riquezas pode ser transformado em seu equivalente financeiro fundamenta-se em seis práticos e definidos passos:

Primeiro - Fixe em sua mente a quantia exata que você deseja. Não basta dizer apenas: "Eu quero muito dinheiro". Determine qual o montante.
(Existe uma razão psicológica para essa determinação, que será descrita em um dos próximos capítulos).

Segundo - Declare exatamente o que pretende dar em troca do dinheiro que receber. (Nada vem de graça).

Terceiro - Estabeleça uma data definida na qual pretende possuir a importância desejada.

Quarto - Elabore um plano detalhado para a realização do seu desejo e comece imediatamente, quer se considere ou não em condições de colocá-lo em ação.

Quinto - Redija um documento declarando precisa e claramente a quantia que quer conseguir, determinando o prazo limite, especificando o que pretende dar em troca e descrevendo em detalhes o plano a ser posto em prática para juntar o dinheiro.

Sexto - Leia a declaração escrita em voz alta, duas vezes por dia: uma antes de deitar-se à noite e outra assim que levantar-se pela manhã. Enquanto lê, acredite que já tem o dinheiro em seu poder. Veja e sinta a cena.

Você recebeu a instrução de ler em voz alta, duas vezes por dia, diariamente, a descrição feita por escrito do seu desejo por dinheiro, vendo-se e sentindo-se já em posse do dinheiro. Ao seguir essas instruções você comunica o  objeto do seu desejo diretamente ao subconsciente, em um espírito de fé absoluta. Com a repetição desse procedimento, criam-se voluntariamente hábitos de pensamento favoráveis aos seus esforços de transformar o desejo em seu equivalente monetário."

Napoleon Hill - Quem Pensa Enriquece

domingo, 15 de novembro de 2015

Mente Zen


 
"Dar um pasto amplo a sua ovelha e sua vaca é a maneira de controlá-las."
Shunryu Suzuki 


Sabemos que o organismo possui a capacidade de se auto-regular.

Se você começa a correr, o corpo aumenta o ritmo cardíaco, acelera a respiração, mais sangue é bombeado para os músculos e assim a fisiologia muda para se adaptar à corrida.

Se você ingere comida estragada, o corpo sabe se auto-regular expulsando o alimento prejudicial através do vômito.

E o mesmo acontece se você sente sede... quando o corpo necessita de água, os lábios secam, a garganta fica sedenta e assim você é avisado que a água é necessária para restabelecer o equilíbrio do corpo.

A capacidade do organismo de se auto-regular não ocorre apenas de forma física, mas também de forma psicológica.

Como dizia o Mestre Zen Shunryu Suzuki, possuímos uma mente pequena e uma mente grande... ou em outras palavras... uma mente superficial e uma mente profunda.

O que acontece é que vivemos imersos em nossa mente pequena, em nossa mente superficial. Diariamente, milhares de pensamentos vem e vão. Memórias, fantasias, projeções, desejos, planejamentos... passado e futuro se misturam e perdemos o que acontece no momento presente. E quando nos propomos a meditar, a confusão que existe na mente superficial é tudo o que conseguimos encontrar.

Muitas pessoas confundem meditação com concentração. Acreditam que o propósito da prática meditativa seja forçar a concentração num ponto e esquecer toda a onda de pensamentos existentes na mente superficial. Sentem-se sobrecarregadas com a enorme quantidade de pensamentos desconexos que surgem em suas mentes, o caos reina de forma soberana... Como colocar ordem na mente? Como silenciá-la?

Ao mesmo tempo em que essas questões são simples, são também muito complexas.

A verdade é que existe um processo de auto-regulação na mente que precisa ser descoberto. Quando você meditar sem se concentrar, quando apenas observar seus pensamentos sem julgá-los, quando puder simplesmente aceitar o que quer que surja em sua mente... poderá se distanciar da mente superficial e começar a descobrir e se identificar com a mente profunda.

Sem dúvida, é a mente profunda que tem a capacidade de auto-regulação. É a fonte do silêncio e da paz interior, é onde não existem pensamentos e nem preocupações, é o ponto de equilíbrio interno e a verdadeira base de um sólido inner game.

A mente profunda é a sua verdadeira natureza. Uma vez descoberta, não pode mais ser esquecida. Quem se esqueceria de um tesouro logo após tê-lo descoberto? Aquilo que é valioso não é passível de ser deixado para trás.

Essa é a verdadeira prática meditativa: a descoberta da mente grande, da mente profunda, da não-mente. Quando você de fato aprende a reconhecê-la, percebe que a mente superficial é apenas uma extensão da mente profunda. Assim como o vento balança as folhas de uma árvore, estímulos externos criam ondas na mente superficial. Mas assim como a raiz da árvore está fortemente estabelecida e equilibrada em seu próprio centro, a mente profunda não se abala com estímulos externos. Essa é a totalidade que precisa ser captada, a integração que precisa ser apreendida - ambas as mentes são uma só mente, o observador é o observado e ainda que exista dança e movimento na superfície, a profundidade permanece intocada...