terça-feira, 16 de junho de 2015

Gestalt Fechada





Mais um dia e pouca coisa pra fazer no trabalho.
Começo a digitar mais um texto.
Pretendo escrever sobre Gestalt, mas não me sinto muito inspirado em fazer isso...
Não me sinto muito inspirado em fazer isso...

Começo a me sentir inspirado em fazer isso...
O padrão de hipnose ericksoniana  de usar o "Não" que acaba não sendo registrado pela mente, funciona mesmo.

O que posso escrever sobre Gestalt?
Já sei, escreverei sobre o fechamento da Gestalt e para isso precisamos saber o que vem a ser uma Gestalt aberta.

Gosto de usar o pick up como exemplo.
Apesar de eu não estar muito envolvido com o meio, ser contra os chamados M-pua´s e fazer um bom tempo que não pratico mais nada do assunto (huahuahua)... ainda é um tema que é do meu interesse por ter feito parte da minha juventude, época em que eu estava lá por volta dos meus 21 anos... mas voltando ao assunto...

Tomemos uma situação um tanto comum: adolescente introvertido, cerca de 15 anos, sem sucesso com as mulheres, desastrado, sofreu bullying na escola durante a infância e adolescência também... tímido, magro, um típico nerd como todos já conhemos um dia.
Avancemos 10 anos no tempo. Esse jovem agora encontra-se com seus 25 anos.
Faz faculdade, trabalha, jovem talentoso com todo o futuro pela frente.
Mas ele tem um problema oculto. Toda aquela timidez, introversão e mal jeito com as mulheres continuam.

Aquela situação do passado permaneceu aberta, a gestalt permaneceu aberta, e agora o personagem de nossa estória continua com os mesmos problemas de quando era adolescente, principalmente a forma inadequada de lidar com mulheres.

O que fazer nesse caso?
Contratar Mistery ou alguém da RSD?

Seja lá como for, o problema passado continua se manifestando, a gestalt está aberta e urge ser fechada.
O problema passado não é apenas passado, permanece existindo no aqui e agora, e cria um grande desconforto no jovem de nossa estória.

Como fechar a gestalt?
Normalmente, o que vemos por aí são os jovens tentarem resolver este tipo de problema através da "brute force", pelo processo de tentativa e erro - abordar mulheres, passar por constrangimentos, abordar mulheres de novo, mais e mais constrangimentos... até um dia aprender a lidar com a pressão e após várias tentativas começar a aprender a lidar com a ansiedade que este tipo de metodologia acaba gerando...   

Existe uma forma diferente de lidar com o problema?
A parte da abordagem é de fato essencial.
Só podemos mudar a realidade quando atuamos em cima dessa realidade.
O que pode ser feito de diferente é minimizar a quantidade de abordagem, minimizando a quantidade de ansiedade envolvida no processo.

Se formos considerar essa situação por uma perspectiva gestáltica, seria necessário ao indivíduo de nossa estória, reviver os momentos mais "delicados" de sua infância e adolescência, os momentos mais "traumáticos" de uma forma psicodramática, no aqui e agora, tomando consciência de suas reações, de toda a tensão corporal, de mudanças na respiração, dos sentimentos como a ansiedade, das emoções envolvidas no processo, de ações que pudessem ser feitas agora e não foram feitas no passado... e assim, através dessa "re-vivência" ser capaz de assimilar o que antes estava aberto e então concluir, dar por encerrado a situação do passado e finalmente obter um autêntico fechamento de sua gestalt....







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