Hoje a tarde parece ser longa.
Decido brincar um pouco de Flow.
Acho isso interessante, quando eu decido escrever alguma coisa, basta brincar de flow e o texto nasce sozinho, ou como diria Barry Stevens - "Não apresse o rio, ele corre sozinho".
Pra quem não conhece, Barry chegou a estudar Gestalt diretamente com Frederick Perls e além disso, ela também é a mãe de John O. Stevens também conhecido na PNL como Steve Andreas.
Faz algum tempo que eu e a PNL estamos brigados.
Depois de alguns anos de casamento, comecei a achar minha parceira do cotidiano um tanto imatura.
Acabei por deixá-la um pouco de lado e não resisti aos encantos da Gestalt-Terapia.
Frederick Perls seu descobridor...
Por que o estou chamando de descobridor e não de criador?
Isso nos remete a uma outra pequena história...
Frederick Perls foi casado com Laura Perls.
Por volta de 1950, alguns teóricos cansados da psicálise se juntaram a eles num grupo de estudo.
No total, ficaram 7: Paul Goodman, Paul Weiz, Elliot Shapiro, Silvester Eastman, Isador Fromm, Frederick Perls e Laura Perls... alguns dizem que esse "grupo dos 7" são os verdadeiros pais e criadores da Gestalt-Terapia.
Em seus livros, Perls não se identifica como criador, mas como descobridor da Gestalt... para ele, a Gestalt sempre esteve aí, sempre existiu, só precisava de alguém para colocar-lhe um nome e torná-la pública.
E foi isso que Frederick, também apelidado de Fritz, fez...
Pra quem não sabe, a Gestalt teve influência filosófica do existencialismo, influência psicológica do psicodrama, influência vital do Zen...
A intenção de Fritz era deixar para a humanidade uma prática que pudesse existir não meramente restrita a um consultório, uma relação entre cliente/paciente e terapeuta...
Fritz, em sua velhice, chegou a criar um kibutz de gestalt, uma espécie de albergue para quem quisesse estudar e vivenciar Gestalt 24 horas por dia... ele afirmou que essa foi a época mais feliz de sua vida...
De fato, Fritz pretendia deixar uma abordagem que pudesse ser compreendida por qualquer pessoa inteligente e ao contrário da psicánalise e psiquiatria que se escondem por trás de palavras e jargões de difícil compreensão, sonhava que a Gestalt pudesse se tornar presente na vida de cada ser humano como forma de revolucionar a humanidade...
A utopia de Fritz não se tornou realidade, mas sem dúvida eu me encontro vivendo parte de seu sonho.
Apresento-lhes minha nova namorada.
Ela se chama: Gestalt-Terapia.
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