quarta-feira, 25 de maio de 2016

Flow - Zen e Ninjas




Essa semana, comentei com um amigo que eu gostaria MUITO de escrever algo sobre Zen, mas que ainda não tinha organizado as ideias.
Ei, eu faço Flow... quem precisa de ideias organizadas?

Lembro de ter assistido alguns episódios de Naruto Shipuden...
Em certa cena, dois ninjas discutiam sobre a Verdadeira Arte.
Um dizia que a Verdadeira Arte é uma obra que dura para sempre.
O outro argumentava que a Verdadeira Arte surge por um momento e depois desaparece...
E o que isso tem a ver com esse texto? Ainda não sei... Ainda!

Para falar de Zen, preciso falar de ACEITAÇÃO.
E quando falo de aceitação, refiro-me a INTEGRAÇÃO, unicidade, não-dualidade.
Já pararam pra pensar sobre o que significa ser um INDIVÍDUO?
Indeciso = não decidido.
Incapaz = não capaz.
Logo, penso que indivíduo seja aquele que não-se-divide... 

Posso dizer que meu primeiro contato com o Zen foi através dos ensinamentos de Buda e anedotas de Mestres Zen como Bodhidharma e Bokujo... mas francamente, eu não entendia o que esses caras queriam ensinar.
Era algo muito bonito, muito sublime... mas simplesmente não fazia sentido prático pra mim.

Foi somente através de Osho, depois que eu havia alcançado a maioridade, que realmente comecei a entender um pouco sobre Zen.
Osho tem um jeito muito singular de falar...
Se você já viu algum vídeo dele, sabe do que estou falando.
O cara é o silêncio em pessoa... a meditação em pessoa... o Zen em pessoa...
Alguém que considero um autêntico indivíduo...

Se pudermos entender isso... não apenas entender, mas se pudermos vivenciar isso... o que é SER um indivíduo... toda a nossa existência seria transformada...
Perceba o que estou falando:
Como humanos, passamos muito tempo tentando NÃO SER...
Crescemos com muitos "não ser" dentro de nossas mentes...

Não devemos ser ansiosos... Não devemos ter medo...
Não devemos chorar... Não devemos cobiçar a mulher alheia... essa última ideia é engraçada:
Se você amasse a esposa do teu amigo e ela amasse você, o que valeria mais:
O contrato de casamento que eles assinaram (um documento morto) ou a realidade existencial entre você e ela (um sentimento vivo)?

E há quem pense que o documento seja maior que a realidade...
Que as palavras impressas sejam maior do que a própria vida...
Ora, nenhum cristo andaria com uma bíblia de baixo dos braços.
Nenhum Buda carregaria um Dhammapada.
Eles não correm o risco de esquecer o ensinamento e depois ter de dar uma lida para lembrar outra vez...
E isso porque o que eles ensinam não é pensado, é vivido.
Eles SÃO o que eles ensinam.
O ensinamento é uma manifestação deles, uma extensão do estado de ser...
Mesmo que eles esquecessem o que eles ensinaram... uma nova extensão, uma nova expressão poderia surgir.
Mesmo que o cantor esqueça da letra da música, ele não perde sua voz.
E o seu dom é a voz e não a letra... novas músicas poderão ser cantadas.

Não é meu propósito responder a questão.
Ela fica ao teu critério.
E agora eu volto para a cena dos dois ninjas:
Quem tinha razão?
A Verdadeira Arte dura para sempre ou surge por um momento e logo desaparece?
 

 







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