sexta-feira, 22 de maio de 2015

Um Pouco de Mim Mesmo

6 de março de 2015

[...] algumas das minhas experiências pessoais sobre como eu conversava com as pessoas:

Há uns 10 anos, lembro que eu tinha um frame inconsciente de "não me envolver" ou "não me expor demais".
De fato, não confiava em ninguém e tinha uma crença de que se as pessoas me conhecessem, não iriam gostar de mim e iriam me tratar mal.

Por isso, quando eu "conversava" com outra pessoa, não conversava de verdade...
Eu me escondia... me limitava na tentativa de ser um bom ouvinte e esperava que assim a pessoa gostasse de mim.

E eu nem era um bom ouvinte...
Muitas vezes, eu conseguia enganar as pessoas, fingindo que as ouvia, 
Mas interiormente, eu carregava uma ENORME tensão e enquanto a pessoa falava eu ganhava tempo para pensar na próxima pergunta que eu faria ou como estender o tema para que ela continuasse falando...
 
Essa era a minha concepção de conversar...

Alguns anos depois, conheci a PNL.
Descobri na teoria como criar Rapport e pensei "é... essa porra faz sentido, tentarei isso".

A princípio não mudou muita coisa...
Eu continuava não ouvindo e pra piorar, perdia muito tempo pensando em "como imitar a pessoa que está falando sem que ela perceba minha imitação".

Mas com a prática, ou talvez sendo mais preciso, com a não-prática algo aconteceu.

Meu corpo começava a entrar em rapport com a pessoa que eu escutava.
Mas, agora, não era eu de fato quem criava o rapport...

O momento acontecia, a escuta acontecia e consequentemente, o rapport vinha junto.
 
Só depois que eu me movia como a outra pessoa é que vinha a tomada de consciência "ah! o rapport está acontecendo!"
Não sei... fico com a impressão que o rapport é uma tendência natural, mas que por motivos que não comentarei com você agora, ele acaba sendo suprimido e precisamos de supostas "técnicas" para lembrarmos o que sempre soubemos...

Você tem comentado que há pessoas que te "acusam" de viver em "teu próprio mundo"...
 
Se eu visse um animal escondido na toca e não tivesse nenhum interesse por ele, simplesmente o deixaria lá.
 
Mas se faço questão de tirá-lo da toca, você há de convir que tenho algum interesse nele [...]

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