6
de março de 2015
[...] algumas das minhas experiências
pessoais sobre como eu conversava com as pessoas:
Há uns 10 anos, lembro que eu tinha um frame
inconsciente de "não me envolver" ou "não me
expor demais".
De fato, não confiava em ninguém e tinha uma crença de que se as pessoas me conhecessem, não iriam gostar de mim e iriam me tratar mal.
De fato, não confiava em ninguém e tinha uma crença de que se as pessoas me conhecessem, não iriam gostar de mim e iriam me tratar mal.
Por isso, quando eu "conversava" com
outra pessoa, não conversava de verdade...
Eu me escondia... me limitava na tentativa de ser um bom ouvinte e esperava que assim a pessoa gostasse de mim.
Eu me escondia... me limitava na tentativa de ser um bom ouvinte e esperava que assim a pessoa gostasse de mim.
E eu nem era um bom ouvinte...
Muitas vezes, eu conseguia enganar as pessoas, fingindo que as ouvia,
Muitas vezes, eu conseguia enganar as pessoas, fingindo que as ouvia,
Mas
interiormente, eu carregava uma ENORME tensão e enquanto a pessoa
falava eu ganhava tempo para pensar na próxima pergunta que eu
faria ou como estender o tema para que ela continuasse
falando...
Essa era a minha concepção de conversar...
Alguns anos depois, conheci a PNL.
Descobri na teoria como criar Rapport e pensei "é... essa porra faz sentido, tentarei isso".
Descobri na teoria como criar Rapport e pensei "é... essa porra faz sentido, tentarei isso".
A princípio não mudou muita coisa...
Eu continuava não ouvindo e pra piorar, perdia muito tempo pensando em "como imitar a pessoa que está falando sem que ela perceba minha imitação".
Mas com a prática, ou talvez sendo mais preciso,
com a não-prática algo aconteceu.
Meu corpo começava a entrar em rapport com a pessoa que eu escutava.
Mas, agora, não era eu de fato quem criava o rapport...
O momento acontecia, a escuta acontecia e consequentemente, o rapport vinha junto.
Só depois
que eu me movia como a outra pessoa é que vinha a tomada de
consciência "ah! o rapport está acontecendo!"
Não sei... fico com a impressão que o rapport é
uma tendência natural, mas que por motivos que não comentarei
com você agora, ele acaba sendo suprimido e precisamos de
supostas "técnicas" para lembrarmos o que sempre
soubemos...
Você tem comentado que há pessoas que te
"acusam" de viver em "teu próprio mundo"...
Se
eu visse um animal escondido na toca e não tivesse nenhum interesse
por ele, simplesmente o deixaria lá.
Mas se faço questão de
tirá-lo da toca, você há de convir que tenho algum interesse nele
[...]
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