quinta-feira, 21 de maio de 2015

Filme: A Origem

1 de janeiro de 2015



Filme: A Origem
Nome original: Inception (Inserção)
Direção: Christopher Nolan

"Qual é o parasita mais resistente?
Uma bactéria?
Um vírus?
Um verme intestinal?
Uma idéia!
Resistente e altamente contagiosa!
Uma vez que uma idéia se apossa do cérebro é quase impossível erradicá-la.
Uma idéia que esteja totalmente formada, totalmente compreendida, fica na mente em algum lugar..."
 
Dom Cobb (personagem de Leonardo Dicaprio)
Ok.
Prometo que dessa vez comento apenas as idéias do filme e nada de spoiler... enfim...
 
Assim, começa o filme A Origem - Cobb, uma espécie de espião do subconsciente, tem a capacidade de invadir a mente da vítima através de uma tecnologia militar com o objetivo de roubar informações. A isto ele chama "extração".
 
Curiosamente, ele acaba sendo contratado por uma de suas ex-vítimas para aplicar o processo contrário em um outro empresário: A Inserção.
Seria possível implantar uma idéia na mente de outra pessoa sem que ela nem ao menos se desse conta do processo?
 
Eis o enredo de A Origem...
"A semente que plantarmos na mente desse homem irá crescer até virar uma idéia, essa idéia irá definí-lo.
Ela pode vir a mudar...
Ela pode mudar tudo a respeito dele."
 
A idéia da equipe de Cobb no filme, era criar um sonho com 3 níveis de profundidade. Isso significaria, na prática, criar um sonho, dentro de um sonho, dentro de outro sonho. Ou em suma, um sonho com 3 níveis:
- Nível 1: adormecer a vítima e no 1 nível de sonho, alguém da equipe se passar pelo "braço direito" da vítima, a pessoa mais próxima dela, no caso o padrinho, e lhe sugerir conceitos na mente consciente;
- Nível 2: permitir que a vítima interagisse com a projeção de seu padrinho e desse conceitos a si próprio;
- Nível 3: criar um contexto no qual a "reconciliação catártica" ocorresse a partir da própria vontade da vítima, dessa forma o subconsciente dela atribuiria seus próprios significados à experiência e acreditaria que a idéia teria nascido dela mesma.
 
Huahuahua
Complexo?
Assista o filme que fará mais sentido.


"Eu voltei para te buscar.
Para lembrá-lo de uma coisa que um dia já soube:
Que este mundo não é real!"
 
Depois de assistir o filme, fiquei pensando se seria capaz de criar uma inserção em minha própria mente.
Se é possível e como fazer, ainda não sei, mas com o filme aprendi alguns princípios interessantes:
- Utilizar a versão mais simples da idéia para que cresça naturalmente na mente;
- Promover uma reconciliação catártica na qual a idéia inserida seja regida por um forte componente emocional;
- Apresentar o componente emocional em forma positiva visto que impacta com maior intensidade o subconsciente do que formas negativas...

Pra finalizar, eu gostaria de comentar dois pontos que me chamaram a atenção:
Cobb explica que no processo de sonho compartilhado, uma pessoa é o "arquiteto", o dono do sonho, aquele que cria as formas, enquanto os outros são os sujeitos, aqueles que criam os conteúdos, que incidem suas próprias projeções sobre as formas criadas pelo arquiteto.
Em uma outra cena, há 12 pessoas idosas compartilhando um sonho.
 

"Eles vem aqui todos os dias para dormir?
Não! Eles vem aqui para serem acordados.
O sonho se tornou sua realidade"

E o que há de tão interessante nessas cenas?
Convido-os a tirarem suas próprias conclusões.
Para mim foram pontos essenciais e de extrema importância para o entendimento da "filosofia" do filme.


"Você está esperando um trem.
Um trem que vai te levar para muito longe.
Você sabe onde espera que esse trem te leve, mas não tem certeza e não faz diferença.
Como pode não fazer diferença aonde esse trem vai te levar?
Porque vamos estar juntos!"

E mais uma vez:
Assista o filme!
Hey, Ho
Let's Go!


Nenhum comentário:

Postar um comentário