quinta-feira, 21 de maio de 2015

Saindo da Matrix - A Exteriorização do Interior (Parte 1/2)

29 de novembro de 2014



"Dê-me beleza ao Homem Interior.
Que o interior e o exterior sejam um só". - Sócrates. 

Lembro que quando criança costumava assistir ao desenho de Doug Funny - um garoto comum de 12 anos, típico beta, que vivia no mundo da imaginação. 
Criara até mesmo um "alter-ego" intitulado Smash Adams, um agente secreto que sempre resolvia seus problemas e de quebra seduzia todas as mulheres, mas claro, terminado o devaneio, DF retornava a sua triste realidade, a realidade de que ele tinha pouca coragem e auto-confiança para lidar com os problemas no estilo Smash Adams... ah, ele também era apaixonado por uma garota chamada Patty Maionese... hehe.

(A partir dessa idéia, surgem 3 possibilidades...)

Por acaso essa história te soa familiar? Beta, sonhador, que idealiza um alter-ego fodão e que sofre por alguma paixonite? Pois é... certamente todos conhecemos alguém que sofra desta "Síndrome de Doug Funny"... Para o personagem, tudo bem, é só um garoto de 12 anos mesmo, mas não é uma situação agradável para nenhum homem barbado...

Em suma, o indivíduo acometido pela SDF sofre pela dificuldade em "exteriorizar o que há em seu interior". Entenderemos melhor a seguir.

Recordo a história de Arnold Schwarzeneger: quando jovem, viu uma revista com Reg Park na capa (um dos maiores fisiculturistas da época) e na hora cresceu dentro dele um enorme desejo de "um dia serei tão grande quanto esse cara". Tio Arnold comenta que sempre manteve interiormente uma imagem de quão grande ele gostaria de ser, que ao treinar imaginava seus bíceps crescendo como montanhas, que ao tentar ser ator se imaginava tendo um grande sucesso, o mesmo valendo para a política e todos os outros aspectos de sua vida. O resto é história...

Curiosamente, muitas pessoas usam a cruz no pescoço como forma de lembrar da religião, uma estátua do Buda à vista para simbolizar a espiritualidade... no nosso caso, lemos livros de pick up, mas a idéia é a mesma: uma espécie de tentativa de trazer algo do exterior para o interior, em termos psicanalíticos, uma introjeção.

Então? Em quais dessas situações você se encaixa melhor?
1- Síndrome de Doug Funny, que vive no mundo da fantasia (dificuldade em exteriorizar o interior);
2- Estilo Schwarzeneger, que sabe o que quer e corre atrás disso (cria uma meta interior e a exterioriza);
3- Uso da introjeção (como tentativa de tornar um conteúdo exterior como interno).
Pense nisso.
Continua...

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